Dados do Trabalho
Título
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PORTADORES DE HIV/AIDS NO MUNICÍPIO DE CASCAVEL-PR E A PREVALÊNCIA DE COINFECÇÃO COM TUBERCULOSE, SÍFILIS E HEPATITES B E C NO PERÍODO DE 2014 A 2016
Fundamentação/Introdução
O município de Cascavel em 2010 teve o sexto maior índice de incidência entre as regionais do estado com o dobro do valor do Paraná que foi de 12,37 casos por 100 mil habitantes. Considerando que essa patologia se correlaciona com várias outras doenças que possuem altas taxas de morbi-mortalidade como tuberculose, hepatites e sífilis, esse estudo analisa o perfil epidemiológico dos pacientes coinfectados.
Objetivos
O propósito deste estudo é analisar dados epidemiológicosde portadores de HIV/ AIDS e a prevalência da coinfecção com Tuberculose, Sífilis e Hepatite B e C, no período de 2014 e 2016
Delineamento e Métodos
Trata-se de uma pesquisa descritiva, transversal, com abordagem quantitativa, realizada mediante consulta aos dados das fichas de notificação compulsório junto à vigilância epidemiológica do município.
Resultados
No período analisado de janeiro de 2014 à dezembro de 2016, foram notificados pela Vigilância Epidemiológica 466 novos casos de HIV/AIDS no município de Cascavel-PR, sendo que 166 foram em 2014, 158 em 2015 e 142 em 2016. Esse total, também foi distribuído por critério de diagnóstico, ficando 260 casos confirmados pelo critério HIV+, 197 pelo CDC e 9 pelo Rio de Janeiro/ CARACAS.
Em números de casos de coinfecção com tuberculose, foram notificados 17 casos, sendo que 12 no sexo masculino e 5 no sexo feminino, o que se equipara a média nacional em 2012 de 2,1 homem infectados para cada mulher. A taxa de coinfecção com o HIV no Paraná era de 3% para Hepatite B e 12,33% para Hepatite C. Já em Cascavel, no período de 2014 à 2016, essa taxa é significantemente mais baixa, sendo metade para hepatite B e 6 vezes menos para hepatite C. Em relação a Sifilis, em 2015 foram 17.042 casos notificados na região Sul sendo que 4122 foram no Paraná. Nesse mesmo período a taxa de detecção em Cascavel foi de 75,3 casos/ 100 mil habitantes, ultrapassando duas vezes a média nacional de 42,7 casos.
Conclusões/Considerações finais
Com esse presente estudo, podemos afirmar a importância de um perfil epidemiológico detalhado para se expor os principais problemas e pontos de intervenção que devem ser feitos, visando a promoção, prevenção e educação da população em relação a doenças, principalmente em populações de risco. Também é possível verificar a real necessidade de atualização das fichas de notificação compulsória para Sífilis no município de Cascavel, uma vez que não é possível quantificar os casos de coinfecção com HIV/ AIDS de relevância clínica e epidemiológica, levando em consideração o potencial agravamento causado.
Palavras-chave
HIV ; TUBERCULOSE; SÍFILIS ; HEPATITES
Área
Clínica Médica
Instituições
Faculdade Assis gurgacz - Paraná - Brasil
Autores
Hellen Miyuki Mattos Motoyama, Alessandra Parmigiani Biasuo, Adriana Fernandes Silva, Danielle Oliveira Andrade, Luciana Osorio Cavalli