15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

CARACTERIZAÇÃO DOS ATENDIMENTOS NOS ANOS DE 2016 E 2017 PELA CENTRAL DE REGULAÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA-SAMU RS.

Fundamentação/Introdução

Com objetivo de diminuir a grande demanda das urgências em saúde no Brasil, foi criada a Política Nacional de Atenção às Urgências (PNAU), que normatizou os serviços que prestam atendimento à população e criou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). É um serviço essencial à população acometida por um agravo de urgência e emergência e tem como objetivo reduzir a morbi-mortalidade, com atendimento de qualidade e reduzindo o tempo de chegada dos pacientes a um serviço de referência especializado.

Objetivos

O presente estudo tem como objetivo avaliar as demandas de atendimento das doenças pré-hospitalar do serviço de atendimento móvel de urgência através dos atendimentos da Central de Regulação de Urgência e Emergência do Estado do Rio Grande do Sul (CRUEE-RS) nos anos de 2016 e 2017.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, transversal, com abordagem quantitativa. As informações foram obtidas a partir dos dados obtidas e disponibilizados pela CRUEE-RS.

Resultados

Quanto a concordância entre gravidade presumida pela equipe e a gravidade comprovada, o maior percentual está na gravidade moderada (72,1%), contudo não existe concordância entre a gravidade presumida e a comprovada (p=0,426). Quanto a gravidade comprovada dos chamados, o maior percentual de chamados classificados como gravidade alta foi realizado para atendimento de idosos (71,9%; p≤0,001), enquanto o maior percentual de chamados classificados como baixa foram realizados pelo sexo feminino (54,5%; p=0,043). Quanto ao destino dos atendimentos, a principal decisão de destino das afecções cardíacas foi o hospital (67,3%; p=0,067 e 93,5%; p=≤0,001, respectivamente). Quando analisadas as classificações moderada e alta a afecção cardíaca promoveu a maior frequência de remoção necessária (98,6%; p≤0,001 e 99,5%; p≤0,001, respectivamente), na classificação de gravidade baixa, em 90,3% das afecções metabólicas a remoção não foi necessária (p≤0,001).

Conclusões/Considerações finais

Os presentes resultados sustentam a hipótese de que muitos chamados realizados ao SAMU poderiam ser resolvidos na atenção primária em saúde. A avaliação das demandas atendidas pela CRUEE-RS neste estudo propiciou a obtenção de informações úteis às autoridades sanitárias e gestoras do setor saúde da região.

Palavras-chave

Unidades Móveis de Emergência. Ambulância. Doença Crônica.

Área

Clínica Médica

Autores

Gabriella Barbosa Nadas, Camila Cardoso Selau Vargas, Lisiane Tuon, Luciane Bisognin Ceretta, Cristiane Damiani Tomasi