15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Condutas clínicas na abordagem da Retinopatia Diabética.

Fundamentação/Introdução

A prevalência mundial de diabetes mellitus tem aumentado e com ela as suas complicações. Destaca-se entre elas, a Retinopatia Diabética que está entre as principais causas de cegueira decorrente de edema macular, acometendo principalmente a população economicamente ativa no Brasil. As alterações retinianas podem se manifestar de duas formas: a primeira pode acometer a periferia, tendo uma evolução para quadros mais graves mesmo que assintomática, já a segunda, pode se manifestar de maneira abrupta e por diversas vezes abrir o diagnóstico de diabetes mellitus no paciente.

Objetivos

Estudar as recomendações atuais em termos de acompanhamento dos pacientes diabéticos e detecção de retinopatia diabética nos mesmos.

Delineamento e Métodos

Análise das recomendações propostas pela Sociedade de Retinopatia e Vítreo, da Sociedade Brasileira de Diabetes e da Federação Internacional de Diabetes através do guideline global de 2012.

Resultados

As complicações visuais da Retinopatia Diabética tornaram-se um grande problema de saúde pública o qual pode e deve ser controlado. A partir do levantamento na literatura encontram-se estudos comprovando que o risco de cegueira pode ser reduzido para menos que 5% quando o diagnóstico é feito de forma precoce e quando sua abordagem é feita de maneira correta. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, uma redução de 1% da hemoglobina glicada é capaz de reduzir em 35% o risco de se desenvolver a retinopatia e em 39% a sua progressão, a mesma orienta, assim como a Sociedade Brasileira de Retina e vítreo, o acompanhamento oftalmológico adequado através de consultas anuais a partir do diagnóstico para os pacientes com diabetes mellitus tipo 2 e a partir de 5 anos de doença para os pacientes com diabetes mellitus tipo 1, assim como é preconizado pela Federação Internacional de Diabetes, sendo que esta sugere consultas em intervalos menores se piora da doença. A fotografia de fundo de olho está com a recomendação 1A para o diagnóstico dessa patologia.

Conclusões/Considerações finais

A prevenção é o melhor tratamento e o acompanhamento adequado com o oftalmologista associado com um controle clínico adequado da glicemia capilar ainda é o melhor caminho para evitar a evolução da doença visto que as técnicas específicas como laser e injeções intraoculares não revertem às alterações isquêmicas já instaladas na retina.

Palavras-chave

Diabetes mellitus, retinopatia diabética, fundo de olho, retina, cegueira.

Área

Clínica Médica

Autores

Yasmim Nadime Jose Frigo , Luiza Ravanini da Cunha Claro , Ana Horita, Juliana Steck