15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Taquicardia Supraventricular Neonatal: dois relatos de caso na literatura.

Introdução/Fundamentos

A Taquicardia Supraventricular ocorre em uma incidência de 16 para 100 mil recém – nascidos e é uma arritmia que destaca-se no período neonatal. O seu quadro clínico é inespecífico e varia dentre as faixas etárias, com sinais e sintomas de irritabilidade à palpitação, simulando até mesmo quadro de sepse neonatal. Muitos podem ser assintomáticos e o diagnóstico só ser feito durante uma avaliação pediátrica de rotina. Se ocorrer intrautero pode se manifestar com hidropsia fetal. O diagnóstico precoce e o tratamento oral adequado são fundamentais para que se obtenha um bom prognóstico e se evite assim a evolução desfavorável dessa arritmia, como a insuficiência cardíaca e o choque cardiogênico.

Objetivos

Análise retrospectiva do prontuário de dois pacientes com taquicardia supraventricular neonatal do nosso serviço de cardiologia pediátrica, para mostrar a importância e a relevância do tema. Além de como essa doença deve entrar no diagnóstico diferencial da sepse neonatal.

Caso

A Taquicardia Supraventricular é a arritmia comum aos dois pacientes da faixa etária neonatal mostrados nesse relato de caso. O primeiro paciente obteve uma resposta melhor e mais rápida ao tratamento clínico proposto, em relação ao segundo, evidenciando que o diagnóstico precoce se associa com melhor prognóstico. Além disso, o quadro clínico do segundo, fez com que o diagnóstico e o tratamento inicial fossem para sepse neonatal, até a realização do eletrocardiograma, para que as manobras adequadas pudessem ser realizadas.

Conclusões/Considerações finais

A sepse é um diagnóstico diferencial importante de taquicardia supraventricular em neonatos. O mecanismo dessa taquicardia mais comum em lactentes é o mediado pela presença da via acessória em até 70% dos casos e o de taquicardia atrial em 30%. Durante a crise, o exame físico pode ser acompanhado de frequência cardíaca acima de 250 a 300 batimentos por minuto. O exame físico fora da crise, geralmente costuma ser normal, o que dificulta o diagnóstico, portanto, o ecocardiograma é um exame complementar fundamental para esses pacientes. O prognóstico é bom se o diagnóstico for feito precoce e pesquisado no pré-natal nas gestantes com fatores de risco para o desenvolvimento fetal de arritmia. Caso a taquicardia supraventricular não seja tratada ou diagnosticada, pode evoluir para uma taquicardiomiopatia e choque cardiogênico.

Palavras-chave

Taquicardia supraventricular, arritmia cardíaca, sepse neonatal, taquicardia, eletrocardiografia.

Área

Clínica Médica

Autores

Yasmim Nadime Jose Frigo, Luiza Ravanini da Cunha Claro, Cristina Sylos, Jacqueline Scholz Berça