15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

SEGUIMENTO LABORATORIAL NA SÍNDROME HELLP: UM RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

Introdução: A gestação é um fenômeno fisiológico que geralmente cursa sem maiores intercorrências. No entanto, algumas complicações podem surgir, sobretudo as relacionadas à Hipertensão Arterial, podendo evoluir para um quadro de Síndrome HELLP, condição em que uma paciente cursa com três sinais clássicos: hemólise, aumento das enzimas hepáticas e plaquetopenia. O diagnóstico baseia-se em exames laboratoriais.

Objetivos

Objetivo: Demonstrar a importância da análise de resultados laboratoriais no diagnóstico da síndrome HELLP.

Caso

Relato do Caso: MPOS, 27 anos, 3 trimestre de gestação, dá entrada em hospital apresentando dor abdominal na região epigástrica, ictérica, P.A 180x100 mmHg, náuseas e cefaleia. Em suspeita de eclampsia grave, foi encaminhada para maternidade de referência. Foram solicitados os seguintes exames: hemograma, bilirrubinas total e frações, transaminases, desidrogenase lática. O hemograma mostrou valores de eritrócitos de 2,18 milhões/mm3, hemoglobina de 6,7 g/dL e hematócrito de 18,8%. Quanto à dosagem das transaminases a TGO de 96 U/L e TGP de 47 U/L. A bilirrubina conjugada foi 6,85 mg/dL, bilirrubina indireta de 3,8 mg/dL. Obteve altos valores de DHL 1.425 U/L, como também a presença de pecilócitos. Após novos exames obteve os resultados: eritrócitos de 3,08 milhões/mm3, 9,4 g/dL de hemoglobina e 27,3% de hematócrito. Houve melhoras nos parâmetros da série vermelha, evidenciada pela contagem de 40 eritroblastos. Por outro lado, foi observada uma elevação das transaminases, TGO e TGP, 235 U/L e 90 U/L respectivamente, juntamente com elevação dos níveis de bilirrubina total, 12,61 mg/dL às custas de bilirrubina direta 7,81 mg/dL e indireta 4,80 mg/dL. Houve aumento significativo da desidrogenase lática de 2.242 U/L. Foi solicitado o coagulograma, o que evidenciou um Tempo de protrombina de 52,3 segundos, Atividade de protrombina de 11%, Relação Normalizada Internacional de 6,23, Tempo de troboplastina parcial ativado de 106 segundos, bem como plaquetopenia (77.000 plaquetas/mm3). Paciente veio a óbito.

Conclusões/Considerações finais

Considerações Finais: Conclui-se que a síndrome HELLP é uma patologia que precisa ter um acompanhamento laboratorial de qualidade e preciso, devido a relação proporcional da gravidade da doença com os valores dos achados laboratoriais. O conhecimento laboratorial e percepção das manifestações clínicas atreladas a estas alterações tem suma importância no seguimento clínico e prevenção de maiores complicações na saúde da mãe e do recém-nato.

Palavras-chave

Síndrome HELLP; Achados morfológicos e microscópicos; Complicações na Gravidez.

Área

Clínica Médica

Autores

Stéfany Lima Pontes, Mariana Belmont Carvalho Xavier Cruz, Fernando Caldeira Filho, Fellype Hortêncio Ribeiro, Maria Clara de Souza Vieira, Pedro Hugo Vieira da SIlva