15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Infarto agudo do Miocárdio seguido de parada cardiorrespiratória em paciente jovem: um relato de caso.

Introdução/Fundamentos

Introdução: O infarto agudo do miocárdio (IAM) com supradesnível do segmento ST (IAMCSST) ocorre devido a uma ruptura abrupta de uma placa aterosclerótica coronariana, seguida de trombose. A incidência em pessoas com 45 anos ou menos é entre 2-10%. O uso de cocaína é fator de risco para IAM relacionado a trombose, mesmo sem doença aterosclerótica. Isso porque possui função de ação de ativador plaquetário, altera os níveis de epinefrina, do fator inibidor plasminogênio tecidual e da fibrinólise.

Objetivos

Objetivos: Descrever um evento de infarto agudo do miocárdio com supra de ST - IAMCSST em paciente jovem

Caso

Relato do Caso: Paciente masculino, 36 anos, adentrou á emergência do Hospital de Clínicas de Passo Fundo – HCPF, apresentando quadro de dor anginosa típica. O eletrocardiograma de chegada mostrou alterações sugestivas de infarto agudo do miocárdio com supra de segmento ST. Também apresentou parada cardiorrespiratória – PCR em fibrilação ventricular – FV e atividade elétrica sem pulso – AESP com return of spontaneous circulation - ROSC 30 minutos. Foi realizada intubação orotraqueal, ventilação mecânica, desfibrilação e drogas vasoativas - DVA. O ECG pós PCR apresentou QRS alargado e bradicardia. Ao exame de cineoangiocoronariografia, a artéria descendente anterior – ADA estava ocluída em sua parte proximal com trombos, apresentando fluxo TIMI 0. Sem lesões nas demais artérias. Foi realizado angioplastia coronária transluminal percutânea com restauração de fluxo TIMI 3 por pré dilatação e implantação de stent farmacológico. Após, paciente evolui bem, com leve perda de função renal. Logo, então foi iniciada a retirada das DVA. Mantendo o uso de beta bloqueador, estatina, e anticoagulação plena. Na anamnese, como fatores de risco, havia obesidade, tabagismo, hipertrigliceridemia e uso de cocaína.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: A ocorrência de doença arterial coronariana - DAC em jovens não é rotina na prática médica e deve ser vista como uma complicação dos fatores ambientais influenciadores devido ao crescente registro destes casos. Estima-se que 1.2-10% das DAC ocorram em jovens. A presença de fatores de risco convencionais é responsável por 80% dos casos, 4% devido a anormalidades anatômicas, 5% por trombos provenientes da circulação periférica e o restante decorre de discrasias sanguíneas.Dessa forma, o controle dos fatores de risco nos pacientes jovens é determinante para melhores prognósticos.

Palavras-chave

IAMCSST, jovem, cocaína

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdade Meridional - IMED - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Juliana Souza Faria, Andressa Silveira Paixão, Ana Júlia Silveira