Dados do Trabalho

Título

Falta de orientação sobre amamentação no pré-natal como fator para o desmame precoce.

Fundamentação/Introdução

É sabido que os lactentes que tem o correto período em contato com o leite materno,
desenvolvem-se de forma mais eficaz daqueles que não tem o contato com essa
substância vital, visto que carecem em suas fontes alimentares de nutrientes essenciais à
vida, tais como: minerais, vitaminas, lactose, que em sua fase madura pode atingir (7g/dL),
gorduras (4,5g/dL), proteínas (1,1g/dL) e eletrólitos (41mEq/L), resultando em uma
demanda calórica elementar de (71kcal/dL) no leite materno para o recém nascido.

Objetivos

Identificar as principais causas do desmame precoce durante os seis primeiros meses do
pós-parto, assim como pesquisar quais alimentos foram introduzidos como complemento nesse período e o porquê
desta escolha.

Delineamento e Métodos

Estudo epidemiológico longitudinal sobre o aleitamento materno e o desmame precoce, mediante
preenchimento de um questionário contendo informações sobre o tema. Todas as
questões foram abordadas com as gestantes. Foram entrevistadas 40 puérperas, sendo que o contato entre pesquisador e progenitora
deu-se em duas fases distintas da vida do lactente, a primeira ao nascimento e a segunda
(por telefone ou presencial) ao completar seis meses de vida, obtendo as informações necessárias para o estudo.

Resultados

Trazendo para a realidade local da análise epidemiológica, a cidade de Maceió-AL,
apresenta uma prevalência de 10,6% no aleitamento exclusivo aos seis meses e 44,5%
no aleitamento até os 365 dias após o parto. Uma outra análise do perfil epidemiológico do aleitamento materno exclusivo nos seis
primeiros meses de vida do lactente, mostra que a prevalência total no Brasil gira em
torno de 9,3%, sendo a região Norte a que possui o maior índice, que é 10,1% e a região
Nordeste, o menor índice 8,4%.

Conclusões/Considerações finais

Esses registros, nos leva a analisar o perfil antropológico das populações do Norte
do país, que encabeçam os maiores índices de aleitamento materno exclusivo no primeiro
ano, pois, como predominantemente o perfil social daquelas populações têm
características indígenas, e é um hábito cultural dessas comunidades, torna-se, portanto,
o ato de amamentar mais difundido. Nota-se que é necessário o maior trabalho sobre o tema, conscientizando mulheres, parceiros e
familiares, na cidade de Maceió, para que atinjam os índices indicados pela Organização
Mundial de Saúde (OMS) e assim, seja possível a modificação do atual cenário da saúde
pública local.

Palavras-chave

Aleitamento Materno; Desmame Precoce; Clínica Médica.

Área

Clínica Médica