15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Panorama brasileiro de mortalidade por TCE: estudo dos últimos 10 anos

Fundamentação/Introdução

Traumatismo cranioencefálico (TCE) é entendido como qualquer agressão ocasionada por forças externas capazes de lesionar anatomicamente ou funcionalmente estruturas do crânio ou do encéfalo.

Objetivos

Delinear uma análise estatística da taxa de mortalidade por TCE nos últimos 10 anos.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo ecológico descritivo com base nos dados do Sistema de Informação Hospitalar (SIH/SUS) entre 2009 e 2018, associado a revisão de literatura nas bases de dados SCIELO, PubMed e MedLine.

Resultados

O TCE é o principal determinante de morbidade, incapacidade e mortalidade na faixa etária entre 1 a 44 anos de idade. Como causa mais comum para o TCE encontram-se os acidentes de veículos especialmente em adolescentes e adultos, seguido por quedas que são mais prevalentes nas faixas etárias pediátricas e geriátricas. De acordo com o DataSus, nos últimos 10 anos foram relatadas 51 mortes por 100 mil habitantes no Brasil por Traumatismo intracraniano, sendo a região Sudeste com a maior taxa, 56,5 casos por 100 mil habitantes, seguida pela região Nordeste, com 51 casos por 100 mil habitantes e pela região Sul com 45 casos por 100 mil habitantes. Em relação à raça/cor, o pardo e o branco tiveram 29% dos casos cada, e a menor taxa foi a dos indígenas com 0,07%. A maioria dos casos brasileiros foi do sexo masculino, com 81%. Os casos foram mais prevalentes na faixa etária de 20 a 49 anos, obtendo 43,3% dos casos totais, seguida pela faixa de 50 a 79 anos, com 35,55%, a que relatou menos caso foi de 0 a 19 anos, com 9,24% do total.

Conclusões/Considerações finais

Observa-se que grande parte dos casos de TCE morre no local do acidente, mesmo antes de um atendimento emergencial, outros são enquadrados como casos leves e logo evoluem para complicações variadas. Tendo em vista os principais tipos, acidentes com veículos e quedas, deve-se promover, respectivamente, uma conscientização para o uso de EPIs e maior incentivo à atenção do cuidador dos mais vulneráveis as quedas, como crianças e idosos.

Palavras-chave

Traumatismo crânioencefálico, taxa de mortalidade, 10 anos.

Área

Clínica Médica

Autores

Victória Satiagraha Weirich Soriano, Caroline Gimenez Covatti, Aline da Silva Gobbi, Tatiane Forlin Menegon, Paulo Henrique Silva, Matheus Araújo Volpi