15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

A TECNOLOGIA E O TABAGISMO: A NOVA ERA DA NICOTINA

Fundamentação/Introdução

Fumar é um grave problema de saúde pública em todo o mundo, mesmo com políticas públicas eficazes e sólidas para o controle do abuso e da dependência do tabaco em nível global, a indústria do tabaco ainda promove estratégias para atrair populações vulneráveis, tornando a possibilidade de consumo mais agradável. Cigarros eletrônicos (CEs) são dispositivos que não dependem da combustão para operar, embora não tenha a combustão de tabaco, o produto é nocivo. Neste produto, a nicotina é líquida e depois de aquecida é aspirada e também libertada no ambiente como vapor. Assim, o aparelho imita, do ponto de vista comportamental, o cigarro convencional, e transporta para as vias aéreas substâncias que também são prejudiciais aos seus usuários, além do alto poder viciante da nicotina.

Objetivos

O objetivo dessa revisão foi organizar e sintetizar o conhecimento atualizado acerca do cigarro eletrônico.

Delineamento e Métodos

Para obtenção dos dados, procedeu-se uma busca pela combinação dos prescritores “Cigarro eletrônico”, “Nicotina” e “Tabagismo” através da Biblioteca Virtual em Saúde, nas bases de dados PUBMED, LILACS e SCIELO.

Resultados

De acordo com a Associação Médica Brasileira (AMB) o consumo desse produto tem sido relatado por seus fabricantes como menos prejudicial aos seres humanos, omitindo-se o fato de que torna seus usuários dependentes da nicotina. A maioria dos usuários dos CEs são fumantes de cigarros convencionais os quais relatam que estão usando o CE para reduzir o consumo de cigarros ou parar de fumar e para alívio dos sintomas da abstinência com exposição reduzida de emissões tóxicas. A Comissão de Controle do Tabaco da AMB adverte que não há evidência científica de que o uso de CEs seja eficaz na redução do consumo tradicional ou na cessação do tabagismo. É fato que o vapor de cigarro eletrônico contém várias substâncias em quantidades menores do que as encontradas nos cigarros tradicionais, mas o vapor também contém substâncias tóxicas e cancerígenas. Estudos nos Estados Unidos da América (EUA) sugerem que a disponibilidade de cigarros eletrônicos expandiu o mercado de nicotina e o número total de jovens que usam qualquer tipo de produto de nicotina aumentou pela primeira vez em décadas.

Conclusões/Considerações finais

No presente momento o CE não é a melhor opção para quem quer abandonar o cigarro. Além disso, por ser mais atrativo está associado à iniciação do tabagismo entre os jovens onde trará grande impacto na saúde pública. Por isso, mais pesquisas precisam ser feitas para definir seus riscos e benefícios.

Palavras-chave

Cigarro Eletrônico. Nicotina. Saúde. Tabagismo.

Área

Clínica Médica

Autores

Mariana Belmont Carvalho Xavier Cruz, Stéfany Lima Pontes, Nayara Batista Marques, Lavínia Paola Vega Souto Maior, Vithória Maria de Araújo Tibúrcio Vilar