15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SEPSE NO ESTADO DE SERGIPE E SEU IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA

Fundamentação/Introdução

A sepse representa um problema de saúde global e nacional. Semelhante ao nível nacional, a taxa de mortalidade no Estado de Sergipe continua alta, sendo a maior da Região Nordeste, apesar dos crescentes avanços no seu tratamento e diagnóstico. Fatores como a gravidade e o acometimento multissistêmico da septicemia, associam-se ao alto custo hospitalar e a alta mortalidade dessa doença.

Objetivos

Analisar a mortalidade por septicemia no Estado de Sergipe sobre sepse no Estado de Sergipe.

Delineamento e Métodos

Estudo epidemiológico descritivo, de delineamento retrospectivo e transversal na coleta de dados, com abordagem quantitativa, onde foram analisados os casos de internações por septicemia no estado de Sergipe, no período entre janeiro de 2010 e janeiro de 2019.Os dados foram obtidos por consulta às bases de dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH), disponibilizados pelo DATASUS. Estes dados foram cruzados com as variáveis: ano, faixa etária, sexo, tempo e custos da internação.

Resultados

No Nordeste, o Estado de Sergipe apresenta a maior taxa de mortalidade (57,31%) por septicemia, sendo sucedido pelo Ceará (49,81%). No período analisado ocorreram 3.939 internações por sepse no Estado. Realizando um panorama cronológico, observa-se que 148 internações foram em 2010; 225 em 2011; 287 em 2012; 313 em 2013; 322 em 2014; 386 em 2015; 655 em 2016; 730 em 2017; e 798 em 2018. Há uma predominância de atendimento de caráter de urgência com 99.3% do número total, sendo que 54.2% dos casos totais evoluíram para óbito. De acordo com a faixa etária, chamam atenção os índices em crianças menores de um ano, 104 casos, e adultos maiores de 80 anos, 333 casos, porém, nota-se aumento considerável da mortalidade a partir dos 60 anos, acometendo mais o sexo masculino (55,10%) que o feminino (44,90%). O tempo médio de internação foi de 12,6 dias e com um valor médio por internação de R$ 3927,74. A mortalidade geral foi de 117.253 e a septicemia representa cerca de 1,8% deste valor.

Conclusões/Considerações finais

Observa-se uma tendência crescente nos casos internações por sepse anualmente, com aumento importante no número de casos no último triênio, em provável virtude da sofisticação de novos protocolos da sepse e evolução dos métodos diagnósticos, assim como sua direta ligação com o envelhecimento populacional, faixa etária na qual aconteceram maiores casos de óbitos. Percebe-se também uma alta taxa de mortalidade em relação a quantidade de internações, assim como um alto custo das mesmas.

Palavras-chave

Sepse; mortalidade; saúde pública.

Área

Clínica Médica

Autores

Jeisiane Santana Rodrigues, Gabriel Brabosa Figueira, Gbariela Silva Santos, Lalesca Pimentel Santana, Olívia Maria Carvalho Lopes