Dados do Trabalho
Título
Hiperparatireoidismo primário normocalcêmico um relato de caso
Introdução/Fundamentos
O hiperparatireoidismo primário normocalcêmico (HPTPN) caracteriza-se por elevações persistentes do paratormônio (PTH) e níveis normais de cálcio sérico. Diante desse quadro impera a necessidade de insvestigação minuciosa de hiperpatireoidismo secundário, em especial a deficiência de vitamia D. A dosagem rotineira de PTH não é indicada e seus níveis elevados quase sempre são detectados pela sintomatologia desencadeada pela hipercalcemia. Assim, estudos acerca da população com HPTPN.
Objetivos
Objetivo relatar um caso de hiperparatireoidismo primário normocalcêmico.
Caso
MCSP, sexo feminino, 63 anos, procura atendimento médico em queixando-se fadiga e cãibras. Relatava ter realizado tratamento para osteoporose e já apresentou PTH elevado, porém não soube detalhes. Foi solicitada Densitometria Óssea (DXA) que indicou osteoporose em coluna lombar. A Ultrassonografia (USG) de Tireóide apresentou formação nodular hipoecóica no lobo tireoidiano direito sendo suspeitado de glândula paratireóide. USG Cervical glândula tireóide de dimensões reduzidas, com ecotextura homogênea com duas formações nodulares, imagem nodular ecogênica com halo hipoecóico localizada posteriormente ao lobo esquerdo da tireóide sugerindo representar glândula paratireóide. A Tomografia Computadorizada (TC) de abdome apresentou diminutas imagens arredondadas hipodensas, infracentimétricas, uma em cada RIM, inespecíficas devido suas dimensões. Cintilografia das Paratireóides sem alterações. Exames séricos de PTH apresentaram o valor de 78,74 (VR 15-65), Cálcio iônico 1,09 (VR 1,12-1,32), Cálcio 10,00 (VR 8,6-10,3). Calciúria 24 horas e eletroforese de proteínas sem alterações. Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF) apontou material escasso e insuficiente para avaliação e PTH em aspirado de 1734,6. Foi realizada cirugia e anatomopatológico da peça cirúrgica mostrou, após retirada de lobo esquerdo da tireoide, linfonodos peritireoideanos e paratireoide superior esquerda, inferior esquerda e direita, tireoidite crônica linfocitária e uma paratireóide (intratireoideana) com hiperplasia. Após a cirurgia dosegem de PTH 39,7 (VR 7,5-53,5) com ganho de massa óssea apontado na DXA.
Conclusões/Considerações finais
A condição clínica do HPTPN ainda não foi bem caracterizada, e ainda não está claro se poderia ser apenas uma forma incipiente e indolente do hiperparatireoidismo clássico. A questão principal agora é se a normocalcemia é uma garantia da natureza indolente dessa condição clínica
Palavras-chave
Hiperparatireoidismo primário, Cálcio sérico, Osteoporose, Vitamina D, hormônio paratireóideo
Área
Clínica Médica
Autores
Victor Augustho Barbosa, Nara Gaban Carvalho Nishi, Carlos Eduardo Rodrigues Lopes, Lucas Lisboa Resende, Lucas Alves Oliveira, Giuliano César De paula Jr