15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Tumor Estromal Gastrointestinal: Uma análise epidemiológica de disparidade racial e as perspectivas do tratamento neoadjuvante

Fundamentação/Introdução

Tumores de origem mesenquimal como o tumor estromal gastrointestinal (GIST) incidem mais frequentemente no trato digestivo, representando cerca de 1% dos diagnósticos de pacientes com neoplasias gastrointestinais. Atualmente, foram evidenciadas disparidades na sobrevida entre grupos étnicos devido a limitação de dados precisos até o presente momento sobre a incidência de GIST e seus tratamentos.

Objetivos

Análise de incidência de GIST e disparidades de sobrevida entre grupos étnicos, e adoção a terapia neoadjuvante para o tratamento localmente avançado do GIST.

Delineamento e Métodos

Análise de incidência de GIST e disparidades de sobrevida entre grupos étnicos, e adoção a terapia neoadjuvante para o tratamento localmente avançado do GIST.

Resultados

Através de uma análise imuno-histoquímica, se realizou um
levantamento de dados pela Vigilância, Epidemiologia e Resultados Finais (SEER) dos
quais constataram, entre os anos de 2002 a 2015, o diagnóstico de 8936 casos, com
uma incidência global de 0,75 por 100.000, tornando essa neoplasia rara quando
comparada com outros tumores do trato digestivo. Porém, entre os afro-americanos
(AA) a incidência do GIST foi duas vezes maior do que em brancos, apresentando taxas
de 1,37 por 100.000 e 0,65 por 100.000, respectivamente. Nas últimas décadas, estudos têm mostrado que essa afecção ocorre em uma faixa aproximada de 7 – 15 casos, a cada um milhão de pessoas por ano em diversos países, acometendo predominantemente indivíduos com média de 64 anos. Pacientes com idade inferior a 40 anos são considerados casos raros. Além disso, não foram relatadas diferenças relevantes de prevalência entre os sexos. O tratamento padrão-ouro para o GIST localizado continua sendo a ressecção cirúrgica do tumor, visto que o aspecto principal dos tumores localmente avançados exigem dessa modalidade terapêutica a ressecção multivisceral. Contudo, o tratamento adjuvante e neoadjuvante, recentemente descrito, baseado nos inibidores de tirosinoquinase (TKI) a fim de evitar ressecção multivisceral, tem se mostrado efetivos frente a sobrevida dos pacientes.

Conclusões/Considerações finais

Observa-se, portanto, a dificuldade da análise evolutiva de incidência e diferenças na sobrevida entre etnias em virtude da insuficiência de dados precisos e de critérios diagnósticos bem estabelecidos. Então, diante da disparidade evidenciada, valorizamos o diagnóstico diferencial de neoplasias digestivas com sintomatologia alta e o rastreio por endoscopia em pacientes idosos assintomáticos para o aumento da sobrevida.

Palavras-chave

GIST, Tumor Estromal, Disparidade Racial, Neoadjuvante

Área

Clínica Médica

Autores

Luís Otávio Behrensdorf Kaiser, Rodrigo Piltcher da Silva, Júlia Sant'Anna de Farias, Jade Ries Girardi, Luna Hussein Colombelli