15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE DE DADOS DE PACIENTES COM DISTROFIAS RETINIANAS DO PARANÁ

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamentos: Distrofias retinianas (DR) são compostas pelas degenerações hereditárias pigmentar da retina (degeneração do epitélio pigmentar da retina e fotorreceptores) e distrofias maculares (afecções do polo posterior, com predomínio na área macular, simétricas, hereditárias, bilaterais, progressivas). Um hospital universitário de Curitiba, entre 1996-2013, foi o único local da região sul do Brasil a disponibilizar pelo Sistema Único de Saúde os exames utilizados na época para o diagnóstico e monitoramento da progressão das DR, o eletrorretinograma (ERG) e o eletro-oculograma (EOG). Assim, em investigação dos dados registrados, é possível a análise do perfil epidemiológico das DR no Paraná e região sul.

Objetivos

Objetivos: Realizar estudo observacional, descritivo e retrospectivo para analisar o perfil dos casos de DR com diagnóstico exclusivo por ERG e o EOG.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Coletou-se dados de 182 pacientes com diagnóstico de DR (Retinose pigmentar, Doença de Stargardt, Distrofia de Cones, Doença de Best ou Síndrome de Usher) entre 1996-2013. Analisou-se a região de origem, sexo, idade, etnia dos pacientes e a relação dos diagnósticos com o número de atendimentos entre 2003-2012. As informações foram submetidas à análise estatística por meio do programa R Core Team (2017).

Resultados

Resultados: A análise das Frequência Absoluta (FA) e Frequência Relativa (FR) demonstrou que a DR mais prevalente é a Retinose Pigmentar (FA=82, FR= 45%), seguida da Doença de Stargardt (FA=51, FR=28%), Distrofia de Cones (FA=28, FR=15,3%), Síndrome de Usher (FA=11, FR=6%) e Doença de Best (FA=10, FR= 5,49 %). A mediana de idade do diagnóstico foi 30,5 anos, não houve diferença significativa entre os sexos e 74,17% dos pacientes se declararam brancos. Quanto a região de origem, predominam pacientes da região metropolitana de Curitiba (31,86%). Outras regiões com dados significativos foram: região norte central do Paraná (6,04%); região noroeste (5,49%); região sudeste do estado (4,94%). Santa Catarina e Rio Grande do Sul representaram 4% e 2%, respectivamente. Não houve associação entre aumento do número de atendimentos com um aumento do número de diagnósticos de DR por ano.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: A análise dos dados de pacientes com DR diagnosticados por meio do ERG indicou a importância desse exame no diagnóstico dessas distrofias e possibilitou uma melhor visão do perfil das DR na região sul, o que não havia sido realizado até o momento.

Palavras-chave

Distrofia retiniana, Eletrorretinograma, Eletro-oculograma

Área

Clínica Médica

Autores

Fernanda Yuki Ito, Michely Mika Hirota, Nathália Nakase Mizoguti, Mariana Rie Hayashida, Mario Teruo Sato