15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ESTUDO QUANTITATIVO: ENSAIO ACERCA DO NÚMERO DE INTERNAÇÕES PELO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE E SEQUENTES ÓBITOS POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ENTRE SANTA CATARINA E BRASIL NO INTERVALO ENTRE 2000 A 2017

Fundamentação/Introdução

O infarto agudo do miocárdio (IAM) pertence ao grupo de doenças cardiovasculares, sendo essas responsáveis pela principal causa de morte no Brasil e a terceira de internações no país.

Objetivos

Esta análise tem o propósito de comparação entre internações pelo SUS e consequentes mortes por IAM em Santa Catarina e no Brasil, a fim de delinear um perfil epidemiológico dos pacientes e a evolução quantitativa dos casos entre ambos.

Delineamento e Métodos

Estudo retrospectivo e de pesquisa bibliográfica mediante coleta dos fatos na base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS do período de 2000 a 2017. As referências foram obtidas pelo ano de processamento e agrupadas a cada 3 anos, tanto para o número de internações quanto para a soma dos óbitos.

Resultados

O estudo validou o número de internações por IAM no Brasil, sendo que no intervalo de 2000-2002 foram 128.365 pacientes; em 2003-2005 foram 162.339; em 2006-2008, 183.574; em 2009-2011, 223.931; em 2012-2014, 265.791 e em 2015-2017, 321.268. Em Santa Catarina, no mesmo ínterim, a soma de internados foi, nessa ordem, 5.633; 6.986; 8.301; 10.987; 12.019 e 16.005. Também avaliou-se a parcela de óbitos decorrentes, que no país foi de: 20.492; 23.750; 25.652; 28.890; 32.412 e 36.169 pacientes em cada intervalo; o mesmo dado no estado se mostrou: 814; 935; 1.028; 1.188; 1.296 e 1.484. Expôs-se que o total de internações por IAM, tanto em SC, quanto no Brasil, triplicou, e o número de óbitos, dobrou, aproximadamente. Em comparação, o estado teve em 2017 uma taxa de mortalidade de 9,3% e o país de 11,3%. Em discordância com o dado anterior, a letalidade total por IAM na população geral de SC entre 2000 a 2017 expandiu de 0,10% para 0,22%. Já na população brasileira total os valores foram menores, decorrendo de 0,075% para 0,15%.

Conclusões/Considerações finais

Em suma, a causa do decréscimo da mortalidade por IAM no país e em SC advém do diagnóstico precoce, apuração de fatores de risco para doenças cardíacas, qualidade na assistência pré-hospitalar, disponibilidade de leitos de terapia intensiva e equipe de saúde hábil para o tratamento. Contudo, o estado apresenta menor taxa de óbito, comparada à brasileira - um contraste dos predicados dos serviços oferecidas no país, especialmente no contexto da região sul. Todavia, ao analisar a mortalidade de SC, os números foram maiores que o total do país, devido à correção dos registros classificados como causa mal definida e o sub-registro, assim como, um avanço no serviço de notificações tanto em âmbito de saúde pública como privada.

Palavras-chave

Síndromes coronarianas
Óbito
Internações
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Santa Catarina
Brasil

Área

Clínica Médica

Autores

Beatriz Pereira Lopes, Cecilia Lucca Demarco, Iolanda Screpec, Larissa Caroline Chiste, Luana Valle Bispo