Dados do Trabalho

Título

PANORAMA EPIDEMIOLÓGICO DOS ÓBITOS POR PARADA CARDÍACA: NORDESTE E BRASIL (2011-2019)

Fundamentação/Introdução

A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida pela cessação súbita, inesperada e catastrófica da circulação sistêmica, associada à ausência de respiração. Estima-se que no Brasil ocorra cerca de duzentas mil paradas cardíacas ao ano, tornando-se um grave problema de saúde pública, estando associada a altas taxas de mortalidade e morbidade no país.

Objetivos

Compreender o perfil epidemiológico dos óbitos por parada cardíaca, alisando seu padrão de evolução, em comparativo do Nordeste com o Brasil.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo observacional, analítico transversal, do tipo ecológico, realizado a partir de dados disponíveis no Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) e Sistema de Informação de Mortalidade (SIM), sobre a mortalidade por parada cardíaca no Nordeste e no Brasil, referente ao período de 2011 a 2019. As variáveis analisadas foram o número de óbitos, ano e local de ocorrência, a taxa de mortalidade, bem como as respectivas faixas etárias e sexo. A análise dos dados foi descritiva, com abordagem quantitativa.

Resultados

A região Nordeste apresentou um total de 2753 de óbitos por parada cardíaca representando 32,65% dos resultados encontrados para o Brasil. Esta região lidera o ranking seguido pelo Sudeste (2748) e Sul (1689). Nesse mesmo contexto, notou-se um aumento progressivo do número de óbitos na região em mais de 250% ao compararmos o ano de 2011 ao de 2018, seguindo o mesmo padrão nacional. Em relação a idade, acomete mais indivíduos acima de 40 anos, correspondendo a 92,2%, sendo a faixa etária mais prevalente contida nesse intervalo, tanto na região Nordeste quanto no Brasil, a de indivíduos com 80 anos ou mais, com valores correspondentes respectivamente a 41,1% e a 37,9%. Quanto ao local de ocorrência, o maior número de óbitos deu-se a nível domiciliar correspondendo a 52,30 % dos casos. Na variável sexo, observaram-se valores semelhantes no Nordeste e no Brasil, sendo 56,88% homens e 43,11% mulheres. Contudo, os números totais mostram que em ambos os sexos a mortalidade é semelhante.

Conclusões/Considerações finais

Verifica-se um constante aumento no número de óbitos no período em questão, principalmente na população mais idosa, em ambos os sexos, tanto para o Nordeste como a nível nacional. Fatos justificados pelas dificuldades no atendimento inicial e nos cuidados pós-ressuscitação, além do controle inadequado sobre os fatores modificáveis.Desse modo, é de suma importância a melhoria e preparo das equipes de primeiros socorros e prevenção de eventos cardiovasculares.

Palavras-chave

Parada cardiaca; ressuscitação; mortalidade.

Área

Clínica Médica