15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

NEUROCRIPTOCOCOSE ASSOCIADA À IMUNODEFICIÊNCIA: RELATO DE DOIS CASOS.

Introdução/Fundamentos

Introdução/Fundamentos: A criptococose é uma infecção de natureza sistêmica, com porta de entrada inalatória, provocada por fungos patogênicos do complexo Cryptococcus neoformans. Manifesta-se de forma comum como meningite ou meningoencefalite, de evolução grave e fatal, associada ou não a lesões pulmonares, fungemia e focos secundários por via hematogênica.

Objetivos

Objetivos: Relatar dois casos de neurocriptococose em pacientes diagnosticados com HIV durante o internamento, em um hospital de Cascavel-PR.

Caso

Caso: Caso 1: Paciente masculino, 44 anos, admitido com queixas, há 2 meses, de disfagia, odinofagia, epigastralgia, inapetência e diarreia, acompanhados de cefaleia holocraniana, tremores, calafrios e sudorese noturna. Ainda, relatou que há cerca de 4 meses vem apresentando fraqueza, tosse seca e dispneia aos mínimos esforços. Referiu uma perda ponderal de 24kg nos últimos 6 meses. Solicitado exames laboratoriais que identificaram plaquetopenia, HbsAg reagente e Anti-HIV reagente. A Tomografia computadorizada (TC) de tórax demonstrou um acometimento alveolar e intersticial não específico. Na TC de crânio identificou discreta hipodensidade de substância branca do lobo frontal esquerdo, sem efeito de massa específica. Devido a presença de cefaleia persistente em região fronto-parietal, sem melhora a despeito de analgesia, foi realizado punção lombar, onde líquor apresentou tinta da China positiva. O paciente foi diagnosticado com neurocriptococose. Apesar da terapia instituída paciente foi à óbito. Caso 2: Paciente masculino, 47 anos, proveniente de Palotina-PR devido rebaixamento de nível de consciência. Paciente com quadro de cefaléia, vômito, febre e confusão mental há 30 dias. Referiu tosse seca e perda ponderal de 10kg durante esse período. História pregressa de hipertensão e ex-tabagista há 12 anos. Exames laboratorias positivo para HIV, antes desconhecido. Na TC de crânio não haviam alterações significativas. No líquor observou-se presença de células leveduriformes e Tinta da China positiva. Foi iniciado tratamento para neurocriptococose. Devido a melhora do quadro, recebeu alta hospitalar com profilaxias.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: A neurocriptococose é uma micose grave, com altas taxas de mortalidade, mesmo sendo instituída terapêutica adequada, alcançando 10% em países desenvolvidos e 45% em países em desenvolvimento. Deste modo, todos os esforços devem ser realizados para um diagnóstico e tratamento precoce, objetivando uma melhor evolução clínica.

Palavras-chave

Palavras-chave: Neurocriptococose; Doença oportunista; HIV;

Área

Clínica Médica

Autores

Luiza Trevisan Reolon, Bárbara Biffi Gabardo, Izabella Zgoda, Daniela Galon Carniel, Andressa Samira Brunelli, Julia Barazetti Ferrari Alves