15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO COM TRANSFORMAÇÃO HEMORRÁGICA APÓS ACIDENTE COM HIMENOPTEROS NA REGIÃO RURAL DA AMAZÔNIA OCIDENTAL

Introdução/Fundamentos

Fundamentação/Introdução: A picada de abelhas provoca manifestações alérgicas locais e sistêmicas, e as reações como edema, eritema, prurido urticária e angioedema são as mais comuns. Complicações mais graves, embora incomuns podem ser observadas, como choque anafilático, infarto do miocárdico, rabdomiólise, insuficiência renal aguda, hemorragia alveolar e pancreatite. Complicações neurovasculares relacionadas à picada de abelhas são raras.

Objetivos

Objetivos: Descrever um relato de caso de acidente vascular encefálico isquêmico com transformação hemorrágica após ataque de abelhas.

Caso

Delineamento e métodos: Homem, 74 anos, hipertenso prévio, em tratamento irregular, foi admitido no Pronto Socorro com relato de tontura e cefaléia holocraniana progressiva há 15 dias após picada de enxame de abelhas em face, pescoço e olho esquerdo na região rural da Amazônia Ocidental. Inicialmente apresentou quadro de dor local, prurido e angioedema palpebral bilateral. Evoluiu com cefaléia progressiva, desorientação, náuseas e vômitos. Na internação apresentava quadro de confusão mental, estrabismo convergente, pressão arterial de 170x90 mmHg, frequência respiratória 14 e frequência cardíaca 62 bpm. Os reflexos fotomotores foram positivos bilateralmente, associado a paresia do 6º nervo craniano abducente. Exames bioquímicos normais. Tomografia de crânio demonstrou hiperdensidade em território de artéria cerebral média esquerda e posterior esquerda. Eletrocardiograma sem fibrilação atrial e ecocardiograma transtorácico com fração de ejeção preservada, sem trombo intramural ou achados de risco para cardioembolismo. Ressonância magnética apresentou oclusão de artéria cerebral posterior esquerda no seu segmento P3 e sinais de isquemia subaguda associada à transformação hemorrágica. Angioressonância magnética de crânio não identificou aneurismas ou malformação arteriovenosa.
Resultados: O paciente foi tratado com suporte clínico otimizado, com foco no controle pressórico e reabilitação, evoluindo satisfatoriamente e recebendo alta no 7º dia de internação.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações Finais: O próprio veneno de abelha contém substâncias vasoativas, sugerindo uma a vasoconstrição secundária a mediadores liberados após a picada, agravada pela adrenalina exógena e agregação plaquetária que contribui para a isquemia cerebral. Complicações neurovasculares relacionadas a ataque por himenópteros são raras, e sua abordagem é individualizada a depender do acometimento neurológico.

Palavras-chave

avc isquêmico; avc hemorrágico; himenópteros; abelhas; cefaleia; tontura;

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital de Base Ary Pinheiro - Rondônia - Brasil, Hospital e Pronto Socorro Estadual João Paulo II - Rondônia - Brasil, Universidade Federal de Rondônia - Rondônia - Brasil

Autores

Gilvan Brito Lopes, Bruno Charliton Galllina Brito, Ana Luiza Neves de Assis, Gustavo Vieira Lima dos Santos, Vinicius Ortigosa Nogueira, Tiago Aires de Almeida Silva