15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Título: Valor prognóstico da ergoespirometria em pacientes portadores de insuficiência cardíaca crônica não chagásica do Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul

Fundamentação/Introdução

Introdução: O teste de esforço cardiopulmonar (TECP) é o exame padrão ouro para aferição da capacidade funcional em pacientes com insuficiência cardíaca (IC), sendo o valor prognóstico de suas variáveis já bem consagrado na literatura. Entretanto, há uma limitação de estudos brasileiros testando estas variáveis, principalmente em uma população de não chagásicos do Sul do Brasil.

Objetivos

Objetivos: Avaliar a associação dos índices de pico do consumo máximo de oxigênio (PVO2) e da inclinação VE/VCO2 com desfechos clínicos em uma população com IC crônica não chagásica do Sul do Brasil.

Delineamento e Métodos

Método: Foram analisados 148 exames de pacientes com IC crônica ambulatoriais de etiologia não Chagásica vinculados ao Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul durante o período de março de 2012 a 2018.
Estudo de coorte retrospectivo e prospectivo correlacionando as variáveis do TECP com a fração de ejeção, classe funcional e desfechos combinados não fatais: visita a emergência ou internação em 6 meses após a realização do exame. Foram realizados Teste t de Student, Qui-Quadrado, Anova, Tuckey HSD e regressão multivariada de Poisson ajustada.

Resultados

Resultados: Não houve associação entre as variáveis do TECP e a fração de ejeção; porém, houve variação entre as classes funcionais da NYHA. As características gerais da população estão descritas na tabela 1. As áreas sob a curva para valores de PVO2 e inclinação VE/VCO2 foram de 0,76 e 0,70 respectivamente, representadas na figuras 1 através da curva ROC.
A análise multivariada demonstrou uma razão de chances de 5 (IC 95% 2,3-10) para valores de PVO2 abaixo de 10 ml.kg−1.min-1 e de 6,7 (IC 95% 2,4-18) para relação VE/VCO2 acima de 40 para desfechos combinados não fatais.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: O presente estudo ratificou a associação das variáveis PVO2 e inclinação VE/VCO2 em predizer desfechos clínicos combinados não fatais em pacientes com IC de etiologia não chagásica de uma instituição do sul do Brasil.

Palavras-chave

Palavras chave: Prognóstico; ergoespirometria; Insuficiência cardíaca

Área

Clínica Médica

Instituições

Instituto de cardiologia do Rio Grande do Sul - Rio Grande do Sul - Brasil

Autores

Otávio Maldaner Moller, Nathalia Saraiva Alberton, Alessandro Konrad Olszewski, Marciane Maria Rover, Luiz Claudio Dansmann