Dados do Trabalho

Título

AVALIAÇÃO ERGOESPIROMÉTRICA DE PACIENTES OBESOS EM PRÉ-OPERATÓRIO DE CIRURGIA BARIÁTRICA

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO: A obesidade é um distúrbio metabólico de alta prevalência mundial e os pacientes acometidos por essa doença têm possível comprometimento cardiorrespiratório. Portanto, a ergoespirometria, exame que associa os testes ergométrico e espirométrico, é útil para a avaliação funcional desses pacientes. Essa investigação e análise torna-se importante devido à escassez bibliográfica a respeito e pode otimizar a conduta médica no tratamento desses pacientes.

Objetivos

OBJETIVO: Avaliar a capacidade funcional em pacientes obesos através do teste ergoespirométrico, correlacionando-a com Índice de Massa Corporal (IMC) e sexo.

Delineamento e Métodos

DELINEAMENTO E MÉTODOS: O estudo observacional retrospectivo foi realizado através da análise de prontuários de pacientes candidatos à cirurgia bariátrica, que realizaram ergoespirometria no Hospital Nossa Senhora das Graças, no Instituto de Neurologia e Cardiologia de Curitiba e na Clínica de Cardiologia e Reabilitação Cardiopulmonar, totalizando 61 pacientes de ambos os sexos, idade ≥ 18 anos e IMC ≥ 34 kg/m². Foram excluídos os prontuários de pacientes que não atingiram o ponto de compensação respiratório. Os parâmetros analisados foram: sexo, IMC, consumo máximo de oxigênio no pico do exercício (VO2 pico/máx), limiar anaeróbio (LA), coeficiente respiratório, pulso de O2 e pressão final de CO2 expirado. Para análise estatística, foram utilizados o teste t de Student, o teste de Mann-Whitney e o coeficiente de correlação de Pearson e Spearman (p<0,05 estatisticamente significativo).

Resultados

RESULTADOS: O IMC médio dos pacientes foi de 39,9±3,8, sendo 50,84% obesos grau I/II (IMC<40) e 49,2% obesos grau III (IMC≥40). 83,6% eram mulheres. O VO2 pico/máx ml/kg/min médio dos pacientes foi de 22,3±3,3, e o VO2 pico/máx % do predito, 61,0±16,1. O LA % do predito médio encontrado foi 42,6±11,6. Para variável VO2 pico/máx % do predito, o sexo feminino apresentou uma média de 59,1±16,2, enquanto o masculino, 70,5±12,0. Referente ao LA % do predito, o sexo feminino obteve o valor médio de 41,8±11,8 e o masculino, 46,8±9,7.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÃO: As variáveis ergoespirométricas, principalmente VO2 pico/máx % do predito e LA % do predito, mostraram que os obesos, independente do grau em que se encontram, possuem capacidade cardiorrespiratória reduzida. Houve correlação inversamente proporcional entre o valor de IMC com a função cardiopulmonar. Por fim, na associação dessa capacidade com os sexos, o feminino apresentou valores inferiores.

Palavras-chave

Obesidade. Cardiopulmonar. Teste de esforço.

Área

Clínica Médica