15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Relato de Caso: Insulinoma maligno com difícil controle de hipoglicemia.

Introdução/Fundamentos

Insulinoma é uma neoplasia que afeta o sistema endócrino, tem origem nas células β-pancreáticas que passam a secretar excessivamente insulina e causam hipoglicemia. Tendo um a quatro casos por milhão de pessoas ao ano, explica-se a importância de se relatar o caso de A.H.S, diagnosticado com insulinoma, para dar conhecimento a uma doença rara. Como se trata de uma neoplasia, quanto mais prematuro for o diagnóstico melhor será o prognóstico.

Objetivos

O objetivo é tornar o caso conhecido para que a doença seja incluída em diagnósticos diferenciais em casos semelhantes.

Caso

A.H.S, masculino, 44 anos, sem comorbidades, nega etilismo e tabagismo. Admitido no pronto socorro por coma hipoglicêmico, apresentava dores abdominais, sendo diagnosticado primeiramente com pancreatite. Após realizar tratamento sem melhora foi submetido à ressonância de abdome superior demonstrando lesão de aspecto expansivo, acometendo parte proximal da cauda do pâncreas.
Posteriormente internado na UTI, observou-se, em tomografia de abdome, fígado de forma e contornos irregulares, volume aumentado, lesões hipodensas, a maior no lobo direito. Uma biópsia de lesão hepática trouxe o resultado de metástase de carcinoma pouco diferenciado, seguindo com Imuno-histoquímica. Como resultado, carcinoma neuroendócrino de alto grau com Ki67 de 90%, cromogranina A positivo, sinaptosina positivo, citoceratinas 40, 48, 50 e 50,6 kDa positivo.
Iniciou quimioterapia, com pouca melhora das hipoglicemias, sem possibilidade de resseção cirúrgica do tumor. No segundo ciclo de quimioterapia, teve melhora, com alta depois de 46 dias de internação.
Com 7 dias de alta hospitalar, retornou referindo hipoglicemia e dor não controlada. Após colocação de cateter totalmente implantado, iniciou com bacteremia. Evoluiu com piora progressiva do quadro clínico. Seguiu com a estabilização da infecção e manteve as hipoglicemias. Em novas tomografias, constatou-se melhora das lesões hepáticas. Iniciou um novo ciclo de quimioterapia, ainda sem melhora das hipoglicemias. Prosseguiu com infecção pulmonar e óbito.

Conclusões/Considerações finais

Somente de 7 a 10% dos casos são malignos, com metástase principalmente no fígado. No caso a ser relatado, houve essa metastização, tornando mais raro e justificável o seu relato, e da mesma forma, muitas vezes não é possível a ressecção cirúrgica, só restando o controle dos episódios de hipoglicemia.

Palavras-chave

insulinoma, neoplasia, metástase, hipoglicemia;

Área

Clínica Médica

Autores

Eduardo Trevizoli Justo, Larissa Jagiello Mohr, Kalena Kostiuk, Taymara Raizer, Teresa Cristina Colvara Mattana