15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

DESENVOLVIMENTO DE AVALIAÇÃO ELETRÔNICA DO OSCE (OBJECTIVE STRUCTURED CLINICAL EXAMINATION): UMA ANÁLISE COMPARATIVA

Fundamentação/Introdução

A necessidade de avaliações que testem as competências requeridas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais propiciou a implantação do Exame Clínico Objetivo Estruturado (OSCE) em escolas médicas. O exame é considerado padrão ouro ao estimar capacidades necessárias à profissão, testando componentes teórico-práticos, habilidades e competências, bem como o fator comportamental. Entretanto, a complexidade de aplicação e análise geram dificuldade de reprodução, impactando em sua implantação de forma ampla. Visto essa barreira, almeja-se a criação de processos que auxiliem a construção e aplicação do exame, tornando este método avaliativo com condições de execução mais acessíveis.

Objetivos

Comparar a utilização de modelos manuais de pontuação com o recém-implantado sistema eletrônico para avaliações OSCE.

Delineamento e Métodos

O exame foi aplicado à 6° série do curso, totalizando 100 alunos. As estações abrangeram áreas da Saúde Mental (SM), Urgências e Emergências (UE), Clínica Cirúrgica (CC) e Clínica Médica (CM). O método padrão foi baseado em check-lists impressos, identificados e pré-agrupados de acordo com o rodízio de alunos, e preenchidos pelos docentes avaliadores. Concomitantemente, o software era alimentado pelos discentes auxiliares. Os dados foram avaliados para a normalidade a partir do teste de Shapiro-Wilk e, uma vez não comprovado este tipo de distribuição foram usadas análises não paramétricas. A comparação entre os valores da mensuração manual e eletrônica foi testada pelo teste de Wilcoxon e as correlações por testes de Spearman.

Resultados

As médias de cada estação pelos métodos impresso e eletrônico foram, respectivamente: SM (8,3±1.1 e 8,3± 1.1); CC (8.0±1,6 e 7,9±1,8); UE (6,7±2,1 e 6,3±2,1); e CM (8,5±1,3 e 8,4±1,5). Não houve diferença significativa nas estações de SM (p=0,21) e CC (p=0,32), diferentemente das questões de UE e CM (p<0,05). Os valores de correlação foram maiores que 0,84, enquanto SM, UE e CM ultrapassam 0,93.

Conclusões/Considerações finais

O sistema eletrônico agrega inúmeras facilidades quando comparado ao meio impresso. Destas, enfatizamos a promessa de redução no tempo de planejamento. No entanto, apesar dos altos valores de correlação encontrados entre os métodos, a transição integral para a ferramenta eletrônica ainda não é possível devido à inconformidade de dados em duas das estações (UE e CM). Sendo assim, é imprescindível identificar e corrigir fatores que contribuem para a incongruência encontrada, como possíveis erros do sistema ou imperícia dos avaliadores na utilização do software.

Palavras-chave

educação médica, treinamento simulado, processamento eletrônico de dados, avaliação em saúde.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Positivo - Paraná - Brasil

Autores

Marcos Takimura, Carolina Gomes Gonçalves, Gessica Fernanda Barbosa, Rodolfo Belz Antoniazzi, Maria Carolina Araújo dos Santos Giffhorn , Lucas Schlossmacher