15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

O USO DE SIMULAÇÃO PARA O APRENDIZADO DA TÉCNICA DE ACESSO VENOSO CENTRAL VIA SUBCLÁVIA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Fundamentação/Introdução

Fundamentação/Introdução: O aprendizado de procedimentos médicos por meio de simuladores representa grande evolução no ensino médico nas últimas décadas. O ensino de implantação de cateter venoso central (CVC) atualmente dá-se predominantemente por tentativa-erro por parte dos acadêmicos de medicina, oferecendo riscos aos pacientes, com taxas de complicação de 15 a 25%. A aplicação do ensino prático-simulado vai de encontro com a preocupação em relação à segurança do paciente, pois permite aos estudantes alcançar o conhecimento e o aprendizado prático em ambientes controlados e praticamente isento de riscos, tanto aos pacientes quanto aos estudantes.

Objetivos

Objetivos: Analisar a evidência científica do ensino da técnica de acesso venoso central via subclávia por meio de simulação de modo a fundamentar o investimento em simuladores nas escolas de medicina.

Delineamento e Métodos

Delineamento e Métodos: Foram analisadas as bases de dados PUBMED, COCHRANE e Google Scholar publicados entre 2010 e 2018. Foram feitas pesquisas com as palavras-chave: central, venous, cateter, training (OR) simulation. Foram encontrados 184 artigos, dos quais 42 foram selecionados pelo título. Destes, foram selecionados 25 pela leitura dos seus resumos. Por fim, a revisão incluiu 22 artigos para leitura integral.

Resultados

Resultados: Anualmente, mais de 5 milhões de cateteres venosos centrais são implantados nos Estados Unidos com complicações em até 18% dos pacientes. Treinamento simulado resulta em maior adesão às técnicas estéreis, diminui risco de complicações como punção arterial, pneumotórax, e infecções de corrente sanguínea associadas ao cateter. Também, diminui número de passagens de agulhas e taxas de complicações. Os resultados do treinamento simulado podem perdurar até 2 anos após as práticas e beneficia, além dos estudantes, profissionais já habilitados. 81% dos estudantes de medicina nunca colocaram um CVC e a simulação aumenta a autoconfiança à beira do leito.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Os simuladores constituem uma ferramenta útil no treinamento dos futuros profissionais. O foco em aumento da qualidade, inovação e segurança do paciente aumentou o uso de educação baseada em simulação, especialmente em procedimentos que oferecem risco aos pacientes. Portanto, confiar no modelo tradicional de treinamento baseado na experiência é insuficiente para garantir qualidade e segurança nos cuidados ao paciente, fazendo-se necessário o investimento em simuladores nas escolas médicas.

Palavras-chave

Palavras-chave: central venous cateter; training; simulation; subclavian

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital do Trabalhador - Paraná - Brasil, Universidade Federal do Paraná - Paraná - Brasil

Autores

João Lucas Aleixes Sampaio Rocha, Isabela Polonio Lopes, Akihito Inca Atahualpa Urdiales