Dados do Trabalho
Título
Luxação dos ossos do carpo: análise epidemiológica e das radiografias inicias
Fundamentação/Introdução
As luxações perilunares são consideradas lesões raras e graves, resultantes de trauma com alta energia sobre o punho. Representam cerca de 0,2% das luxações, porém a incidência é incerta. São, na maioria fechadas, acometem principalmente homens jovens, acarretam com frequência distúrbios funcionais e podem passar despercebidas no atendimento inicial. Entre 15 e 50% dos casos haverá dificuldade na identificação radiográfica da lesão impossibilitando o diagnóstico precoce. Objetivou-se a análise epidemiológica dos pacientes que sofreram luxações perilunares com ou sem fraturas associadas submetidos a cirurgia durante o período de 3 anos e também, listar pontos importantes para a identificação radiográfica inicial dessas graves lesões.
Objetivos
Levantamento epidemiológico de pacientes com luxação dos ossos do carpo, associadas ou não a fraturas, para determinar seu prognóstico e sua prevalência na emergência. Analisar, ainda, as radiografias inicias - visando um diagnóstico precoce.
Delineamento e Métodos
Foram levantados no sistema hospitalar os prontuários de 38 pacientes operados, acima de 18 anos, de 2014 a 2017, para o tratamento da luxação perilunar do carpo associada ou não a fraturas dos ossos do carpo ou do terço distal do rádio. Dados demográficos coletados foram idade, sexo, mecanismo do trauma, data do acidente, data da cirurgia, tipo de cirurgia, acesso dorsal ou combinado, materiais de síntese utilizados, lado acometido, tipo de lesão, fraturas associadas, redução inicial na emergência, procedimentos adicionais na fase aguda e crônica. As variáveis foram analisadas pelo programa computacional IBM SPSS Statistics.
Resultados
Tais luxações ocorreram na totalidade em pacientes jovens do sexo masculino, vítimas de trauma com alta energia, sendo acidente com motocicleta o mecanismo de trauma mais recorrente (55,3%). A maioria das lesões foram fechadas (84,2%), sendo a lesão perilunar isolada menos comum (42,1%) do que associada a fraturas (57,9%). Todos os casos obtiveram êxito na redução da luxação durante o atendimento emergencial e o intervalo entre a emergência e a cirurgia definitiva foi de 0 a 13 dias. Foi mais utilizado o acesso dorsal (97,4%) para o reparo ligamentar.
Conclusões/Considerações finais
Neste levantamento epidemiológico, a luxação perilunar fechada associada a fraturas foi mais frequente em homens, vitimas de acidentes com motocicleta, submetidos à redução na emergência seguida de tratamento cirúrgico precoce para reparo ligamentar por meio do acesso dorsal e eventual fixação das fraturas associadas.
Palavras-chave
luxação; ossos do carpo, perilunar; fratura-luxação; transescafoperilunar
Área
Clínica Médica
Autores
Camila Cavalli, Giana Silveira Giostri, Fernanda Gerhard, Camila Deneka