Dados do Trabalho
Título
ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUEMICO E OCLUSÃO ARTERIAL SOB EFEITO DE RIVAROXABANA EM PACIENTE COM FIBRILAÇÃO ATRIAL
Introdução/Fundamentos
A fibrilação atrial (FA) está ligada a fenômenos tromboembólicos, como a obstrução de uma artéria cerebral, causando acidente vascular cerebral (AVC).
Em pacientes com alto risco de AVC, indica-se o uso de anticoagulantes orais, como a rivaroxabana (xarelto), inibidor oral do fator Xa. Preferível à varfarina no uso ambulatorial, pois não necessita de controle laboratorial do TTPa. Porém, a adesão ao tratamento precisa ser rigorosa, pois a perda de uma dose pode deixar o paciente desprotegido.
Objetivos
Relatar o caso de um paciente com FA, indicado ao uso de Xarelto, que sofreu dois eventos vasculares agudos seguidos, demostrando a importância de analisar a adesão ao tratamento com os novos anticoagulantes (NOACS).
Caso
RELATO DO CASO
Paciente A.J, sexo masculino, 53 anos, foi ao cardiologista com queixa de parestesia e dor na panturrilha esquerda (E). Portador de FA crônica em uso contínuo de xarelto 20mg há 10 anos, porém, faz uso irregular há 6 meses.
Apresentou-se com cianose em pé esquerdo, membro inferior E frio com edema. Pulso pedioso E não palpável. Levado à embolectomia de urgência.
Alta após 5 dias, orientado a usar xarelto 20mg. Após uma semana, paciente volta ao hospital com síncope e Glasgow 7. Neurológico sob sedação, pupilas anisocóricas. Tomografia (TC) de crânio com hipodensidade difusa da substância branca periventricular e dos centros semiovais, ausência de lesões expansivas. Assim, tendo suspeita de AVE isquêmico, sendo encaminhado a UTI.
Após dois dias internado, nova TC de crânio apresentou hipodensidade mal definida cortiço subcortical no lobo occipital direito. Hipodensidade lacunar alongada na região tálamo mesocefálica esquerda. Confirma AVCi. No amanhecer se mantiveram as medidas para AVCi, com neurológico estável e tendo alta hospitalar 4 dias após a chegada. Prescrito Apixabana 5mg duas vezes ao dia, substituindo Xarelto.
Conclusões/Considerações finais
A rivaroxabana é um dos NOACS utilizado em pacientes com FA, tendo seu uso discutido devido a possíveis falhas. No caso descrito, o Xarelto se mostrou ineficiente na prevenção de eventos vasculares em duas ocasiões seguidas, sendo a primeira provável consequência da má adesão ao tratamento. Assim, observa-se a importância do acompanhamento médico no uso desse medicamento, para avaliar a eficácia do tratamento e a adesão a ele.
Palavras-chave
Acidente vascular cerebral isquêmico, Rivaroxabana, Embolia.
Área
Clínica Médica
Autores
Carolina Philippi Silveira , Daniela Silva Kaminski, Marina Casagrande do Canto