15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE SÍFILIS GESTACIONAL E CONGÊNITA NO ESTADO DE ALAGOAS, NO PERÍODO DE 2014 A 2018.

Fundamentação/Introdução

A sífilis é uma infecção bacteriana sistêmica, de evolução crônica, causada pelo Treponema pallidum. A gestante infectada, não tratada ou inadequadamente tratada, transmite a bactéria para o feto por via transplacentária ou no momento do parto, resultando na sífilis congênita, que pode favorecer ao óbito fetal e abortamento.

Objetivos

Descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de sífilis gestacional e congênita no período de 2014 a 2018, no estado de Alagoas, Brasil.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal, retrospectivo e descritivo, embasado na busca de dados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Participaram do estudo todos os casos de sífilis gestacional e congênita, notificados no Estado de Alagoas, no período de 2014 a 2018.

Resultados

Foram registrados 4.531 casos de sífilis gestacional e congênita em Alagoas no período analisado. A sífilis gestacional apresentou maior número de notificações, representando 59% dos casos (2.668), sendo estes distribuídos de forma desproporcional entre as cidades de Alagoas, fato que pode ser justificado pela variação da cobertura da Estratégia Saúde da Família (ESF) nos municípios, à adesão ou não ao teste rápido nas cidades, e a qualidade do pré-natal. Em relação a sífilis congênita, foram registrados 1.863 (41%) casos. Não houve registro em 12% das cidades, podendo ser decorrente do diagnóstico precoce e tratamento correto das gestantes e seus parceiros.

Conclusões/Considerações finais

A sífilis é uma infecção sexualmente transmissível que pode ser controlada e tratada com êxito através de ações dos protocolos já existentes. No entanto, as taxas de morbimortalidade materna, infecção congênita e mortalidade perinatal permanecem elevadas, representando grande desafio à saúde pública no Brasil. A elevada incidência de sífilis congênita e na gestante pode ser justificada pelo tratamento inadequado da gestante, a não realização do tratamento do parceiro, falta de assistência pré-natal, puerpério e puericultura, além da baixa cobertura da ESF no Estado. Dentre as possíveis medidas para melhoria dessa realidade, pode-se sugerir e incentivar os profissionais de saúde a ampliar a realização de atividades de Educação em Saúde que possam abordar e estimular várias formas de prevenção da doença, como também, o aumento de cobertura da ESF, proporcionando, assim, assistência integral de qualidade em todos os municípios do Estado de Alagoas.

Palavras-chave

Sífilis congênita; Sífilis Gestacional; pré-natal;

Área

Clínica Médica

Instituições

Centro Universitário Tiradentes - Alagoas - Brasil

Autores

Dhayse Santos Freitas, Karolyne Sanny Barros Araújo, Any Caroline Silva Alves , Elivia Carneiro Muniz , Vera Nascimento Gomes Victoria, Ivana Florence Santana Pepe Pita