15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Pseudoaneurisma de ventrículo esquerdo com shunt sistodiastólico para ventrículo direito: relato de caso

Introdução/Fundamentos

Paciente, com diagnóstico recente de doença arterial coronariana obstrutiva grave, evolui com pseudoaneurisma de ventrículo esquerdo (VE) evidenciado em ecocardiograma transtorácico (ECOTT) realizado em um hospital público do Rio de Janeiro.

Objetivos

Importância do acompanhamento horizontalizado dos pacientes internados.

Caso

SSD, feminina, 51 anos, hipertensa, admitida com quadro de tosse seca por três semanas associada à dispneia aos mínimos esforços. Realizou tomografia de tórax que evidenciava imagem de preenchimento alveolar no lobo inferior esquerdo e derrame pleural bilateral. Evoluiu com fibrilação atrial aguda e positivação de marcadores de necrose miocárdica após nebulização com fenoterol. Instituída terapia antiarrítmica com reversão do quadro. Submetida a ECOTT que evidenciou aumento biatrial, insuficiência mitral (IM) de leve a moderada com pressão sistólica da artéria pulmonar (PSAP) de 29 mmHg, fração de ejeção de 73% e zona acinética em parede anterior. Em exame prévio apresentava IM com contração ventricular segmentar e global normais. Submetida à cinecoronariografia, que evidenciou lesão obstrutiva de 30% na origem da artéria descendente anterior e oclusiva em seu terço médio após origem do ramo diagonal e oclusão no terço proximal da artéria coronária direita. Solicitado cintilografia miocárdica para avaliação de viabilidade cardíaca. Paciente evoluiu com sinais de insuficiência ventricular direita observado no exame físico. Permaneceu estável hemodinamicamente sendo solicitado novo ECOTT, que demostrou PSAP de 49mmHg e pseudoaneurisma de VE com imagem sugestiva de ruptura do VE em parede septal para o pericárdio, sendo essa uma complicação mecânica da doença arterial coronariana. Paciente foi encaminhada para Unidade Coronariana, onde se manteve estável até posterior transferência para Serviço de Cirurgia Cardíaca. O acompanhamento de forma horizontalizado pelo médico assistente possibilitou o diagnóstico precoce da complicação e assegurou o manejo clínico adequado.

Conclusões/Considerações finais

Apesar das limitações do sistema público de saúde, o exame físico detalhado e a realização de ECOTT possibilitou estabelecer diagnóstico precoce de uma complicação que poderia ter desfecho desfavorável.

Palavras-chave

pseudoaneurisma, ecocardiograma, infarto agudo do miocárdio, atendimento integral.

Área

Clínica Médica

Instituições

Hospital Federal do Andaraí - Rio de Janeiro - Brasil

Autores

Marina Duarte Abreu, Ludmilla Mineiro Gomes, Hugo Carvalho Mandarino Junior