15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Perfil Clínico-Epidemiológico de Hipertensos de uma Estratégia de Saúde da Família no Extremo Sul da Bahia

Fundamentação/Introdução

A hipertensão arterial sistêmica (HAS) representa sério problema de saúde pública, sua alta prevalência e múltiplos fatores demonstram a importância de se conhecer o grupo de hipertensos em relação às variáveis clínicas, biopsicossociais e adesão ao tratamento.

Objetivos

Descrever o perfil clínico-epidemiológico de usuários hipertensos cadastrados em uma Estratégia de Saúde da Família da cidade de Itamaraju- BA.

Delineamento e Métodos

Foram coletadas medidas antropométricas, aferida a pressão arterial e aplicado o Questionário de Adesão ao Tratamento de Hipertensão Arterial Sistêmica (QTAHAS). Foi utilizada esta estatística descritiva e inferencial (Correlação de Spearman) (nível de significância de p < 0,05).

Resultados

Participaram 28 usuários com idade média de 51,36 3±10,21 anos, 93% eram do sexo feminino, 75% se declararam de cor parda e 46% eram analfabetos ou possuíam ensino fundamental incompleto. À avaliação clínica apresentaram PAS 136,36±30,88mmHg, PAD 88,57±21,38mmHg, circunferência abdominal 98,46±9,84cm e índice de massa corporal 31,18±6,48Kg/m2, com 53% em grau de obesidade. Possuíam renda familiar de 1 salário mínimo (47%), 61% eram casados ou tinham união consensual. Sobre a Saúde e Hábitos de vida 25% consideram sua saúde ruim ou muito ruim em comparação com outras pessoas da mesma idade, 46% dos entrevistados eram somente hipertensos e 54% possuíam hipertensão arterial associada a outras condições ou comorbidades, sendo a depressão a mais prevalente (18%). Sobre tabagismo, 36% dos pacientes já fumaram e parou. A ingestão de bebidas alcoólicas é praticada de 2 a 3 vezes por semana em 10% dos pesquisados. Sobre o uso dos medicamentos anti-hipertensivos, 26% utilizavam de monoterapia, 53% terapia combinada entre duas classes e 18% combinação de 3 classes de anti-hipertensivos. Na escala de adesão QTAHAS 32% dos indivíduos pesquisados apresentaram nível 80 e 36% nível 90. A idade foi a variável que mais teve associação com as demais. Quanto maior a idade mais elevada foi a PAS (p≤0,01, rho=0,47), PAD (p≤0,01, rho=0,47) , o nível de adesão ao tratamento(p≤0,01, rho=0,53) .

Conclusões/Considerações finais

Conclui-se que os hipertensos da ESF de Itamaraju são predominantemente do sexo feminino, analfabetas ou ensino fundamental incompleto, casadas e com renda familiar de até um salário mínimo, obesas e apresentam dificuldade em aderir ao tratamento não medicamentoso da HAS.

Palavras-chave

Anti-hipertensivo; Tratamento; Hipertensão.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) - Bahia - Brasil

Autores

RAFAEL LIMA AFONSO, VICTOR LUIZ ROCHA PIRES, KATIUSCIA GALAVOTTI MACETE, GRASIELY FACCIN BORGES