15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Avaliação clínico-laboratorial da pancreatite aguda em Hospital da região metropolitana de Curitiba.

Fundamentação/Introdução

A pancreatite aguda é considerada o quinto diagnóstico etiológico de abdome agudo mais registrado nas salas de urgência de hospitais de referência. Observa-se na literatura, uma diversidade de informações sociodemográficas e instrumentos de avaliação do paciente, sendo necessário analisar de que forma certos parâmetros como o quadro clínico e os exames laboratoriais e de imagem se correlacionam com a doença, demonstrando as principais alterações.

Objetivos

Avaliar o quadro clínico, exames laboratoriais, de imagem e o manejo inicial dos pacientes com pancreatite aguda.

Delineamento e Métodos

Estudo descritivo, correlacional, com abordagem quantitativa, realizado a partir da coleta de dados de 28 prontuários através de instrumento de pesquisa. Foram incluídos pacientes acima de 18 anos, com diagnóstico de pancreatite aguda, atendidos em Hospital Geral de Curitiba no período de janeiro de 2017 a julho de 2018.

Resultados

Foi observado o mesmo número de pacientes do sexo masculino e feminino. A idade média encontrada foi de 49,42 anos e o tempo médio de evolução dos sintomas de 64,28 horas. Houve maior prevalência de etiologia biliar (82,1%). Todos os pacientes apresentaram dor no abdome superior, com característica de ser em faixa e mais da metade dos pacientes apresentaram náuseas e vômitos. Os exames laboratoriais com maior alteração nas dosagens, foram amilase e lipase. Dos 27 pacientes que foram submetidos à Ecografia, 22 apresentaram colelitíase (81,4%). Na Tomografia Computadorizada, foi observado principalmente coleção peripancreática e edema de pâncreas. No manejo inicial, 20 pacientes (71,4%) foram mantidos em jejum e todos receberam analgesia. Apenas 7 pacientes (25%) receberam antibiótico. Nenhum paciente foi avaliado no serviço através das Classificações de Ranson, Balthazar ou Apache II. Todos ficaram internados em enfermaria, e apenas 2 pacientes necessitaram de transferência para Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O tratamento cirúrgico foi realizado em 21 pacientes (75%).

Conclusões/Considerações finais

A análise clínico-laboratorial é de extrema importância para o reconhecimento e manejo adequado do paciente com pancreatite aguda. A não utilização de classificações para avaliar a gravidade da pancreatite aguda no serviço analisado, não acarretou prejuízo no desfecho clínico dos pacientes. Além disso, é necessário novas pesquisas para determinar a validez e acurácia dos exames disponíveis, evitando iatrogenias e gastos com exames desnecessários.

Palavras-chave

Pancreatite aguda; perfil; avaliação; tratamento.

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdades Pequeno Príncipe - Paraná - Brasil

Autores

Viviane Viviurka, Paula Pozzolo Ogeda, Edimar Leandro Toderke, Eduardo Bilaqui Zukovski, Luis Augusto Barbosa Franco Zorrer, Leticia Marcassa Hunzicker