15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

O USO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS POR ACADÊMICOS DE MEDICINA: UMA REVISÃO

Fundamentação/Introdução

A graduação em medicina pode apresentar ao universitário diversos fatores estressantes e de difícil manejo. Constata-se o crescente uso de substâncias psicotrópicas por parte da comunidade acadêmica de medicina. Essas atuam assim como os psicofármacos sobre o Sistema Nervoso Central (SNC), na qual ocorrem modificações sobre as condições das diversas cognições cerebrais, que são capazes de alterar as funções mentais de percepção e consciência. O uso dessas substâncias são voltadas para a saúde mental, porém a comunidade de graduandos de medicina está fazendo o seu uso para suportar a extensa carga horária e a excessiva quantidade de conteúdos que devem ser estudados.

Objetivos

Dessa forma, o presente trabalho trata-se de um levantamento que objetivou verificar em bases de dados nacionais, as produções acadêmicas acerca do tema e descrever os resultados encontrados nos estudos, a fim de dar suporte e embasar futuras pesquisas.

Delineamento e Métodos

Para tanto procedeu-se as buscas bibliográficas nas bases de dados eletrônicas: SCIELO (Scientific Electronic Library Online) e LILACS. Inicialmente, dos artigos encontrados foram selecionados na primeira fase 551 estudos. Em seguida os resumos foram analisados e submetidos aos critérios de inclusão e exclusão da segunda fase, restando oito artigos.

Resultados

Os resultados encontrados nos estudos analisados revelam que o maior índice de uso é descrito como policonsumo simultâneo (álcool+tabaco+maconha) em que essa combinação é realizada para otimizar os efeitos desejados e reduzir os indesejados. Outros achados encontrados apontam para a associação do uso dessas substancias por parte dos estudantes com os seguintes fatores: depressão, carga horária extensa, contato com pacientes portadores de doenças, cobrança da sociedade, da instituição de ensino ou trabalho e a auto cobrança. Notou-se também a escassez de estudos na literatura científica voltados a investigação dessa temática.

Conclusões/Considerações finais

Ademais, o conhecimento e o estudo sobre farmacologia por esses estudantes contribuem para a automedicação, bem como para a fuga de realidade, isto é, uma válvula de escape proporcionada pela utilização dessas substâncias psicoativas. Espera-se que este estudo possa contribuir para novas pesquisas que possibilitem compreender e intervir junto a promoção de saúde mental nas instituições de ensino.

Palavras-chave

Psicofármacos, Estudantes de medicina, Abuso de substâncias.

Área

Clínica Médica

Autores

Flávia Monteiro Oliveira, Thayssa Freitas Soares , Armante Campos Guimarães Neto