Dados do Trabalho
Título
Título: A vertigem que não era labirintite.
Introdução/Fundamentos
Introdução/fundamentos: Doença relativamente rara, relatada em aproximadamente 6% dos pacientes assintomáticos com sopros cervicais, mas que trata-se de um importante diagnóstico diferencial dos quadros vertiginosos.
Objetivos
Objetivos:Suscitar a Síndrome do Roubo da Subclávia (SRS) como diagnostico diferencial nos quadros vertiginosos.
Caso
Relato de Caso:Paciente Masculino, 84, hipertenso, admitido no departamento de clínica médica após evoluir de forma súbita quadro de vertigem acompanhado de náuseas, vômito e cefaleia hemicraniana esquerda. Os sintomas persistiram por aproximadamente 24 horas. Previamente independente. Sem episódios semelhantes prévios estava em uso de diltiazem. Na história patológica pregressa uma cirurgia de herniorrafia inguinal bilateral e facectomia.
Seu exame físico digno de nota apresentava diferença significativa da amplitude dos pulsos e da pressão sanguínea entre os membros superiores com pressão arterial no membro superior esquerdo 174x94mmHg e no membro superior direito 132x76mmHg. Ausculta cardíaca ritmo cardíaco regular com sopro panssistólico tricúspide 3+.
A avaliação neurológica estava normal com consciência vigil, força muscular preservada, sensibilidade (superficial e profunda) preservada, equilíbrio dinâmico e estático normal, testes cerebelares íntegros, sem sinais de irritação meníngea e/ou rigidez de nuca e pares cranianos indenes.
Dentre os exames complementares, a angioressonância do encéfalo arterial e venosa dentro do fisiológico. Já o Ultrassom com Doppler (USD) de carótidas e vertebrais teve resultado compatível com SRS.
USD colorido de carótidas e vertebrais: sistema carotídeo direito com ateromatose de grau discreto. Sistema vertebral direito com fluxo predominantemente descendente em direção a artéria sublavia a direita (oclusão ou estenose importante do terço proximal da subclávia a direita, proximal a emergência da artéria vertebral desse lado, que pode estar relacionado a SRS).
Conclusões/Considerações finais
Conclusões/Considerações Finais: A SRS é um importante diagnóstico diferencial dos quadros vertiginosos. A diminuição de fluxo sanguíneo para o sistema vertebrobasilar pode gerar crises vertiginosas e cefaleia. A presença de idade acima de 60 anos conjunto com alteração amplitude dos pulsos e da pressão sanguínea entre os membros superiores são aspectos que reforçam esta possibilidade diagnóstica. O exame definitivo é arteriografia, todavia o Doppler pode ser uma opção para auxílio no diagnóstico especialmente com quadro clínico sugestivo.
Palavras-chave
VERTIGEM; ARTÉRIA SUBCLÁVIA; SÍNDROME DO ROUBO DA SUBCLÁVIA;
Área
Clínica Médica
Autores
MARCUS ALVIM VALADARES, FELIPE DUARTE AUGUSTO, IGOR OLIVEIRA CLABER, MONICA ISAURA CORREA, RODRIGO KLEIN SILVA HOMEM CASTRO, TAMIRES RIBEIRO DUTRA