15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Perfil socioeconômico e doenças crônicas associadas em pacientes que fazem uso de psicotrópicos em um serviço de Atenção Primária de Saúde de Joinville-SC

Fundamentação/Introdução

O uso de psicotrópicos tem aumentado nas últimas décadas, situando-se entre 6 e 13% da população brasileira geral. Uma vez que esta população sofre de doenças psicológicas e psiquiátricas, é fundamental identificar quais outras comorbidades estão presentes para garantir um cuidado integral a esses indivíduos. Nesse sentido torna-se necessário analisar o perfil socioeconômico e as doenças associadas como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes mellitus (DM) nesse grupo populacional.

Objetivos

Avaliar o perfil socioeconômico e a prevalência de doenças crônicas associadas em pacientes que fazem uso de psicotrópicos e são atendidos em um serviço de Atenção Primária de Saúde (APS).

Delineamento e Métodos

Estudo transversal, descritivo de base de serviço de APS. O campo de estudo foi uma das áreas adscritas a uma Unidade Básica de Saúde da Família (UBSF). Foram aplicados questionários à população do estudo, sendo estes revisados com o aplicativo Epidata e o banco de dados foi enviado para análise ao pacote estatístico STATA. Realizou-se análise descritiva para caracterizar a amostra e calcular a prevalência das variáveis de promoção à saúde e prevenção de doenças para toda a amostra, com respectivos IC de 95%. Para variáveis numéricas contínuas foram calculadas média, mediana e desvio-padrão.

Resultados

O estudo incluiu 137 indivíduos usuários de psicotrópicos, entre os quais a maioria era do sexo feminino (78,1%), possuía entre 40 e 59 anos (63,5%) e se autodeclarara de cor da pele branca (62,8%). Na distribuição da renda mensal houve predomínio do subgrupo daqueles que recebiam de 1 a 1,9 Salários Mínimos (36,7%). Aproximadamente metade dos entrevistados tinha escolaridade fundamental incompleta (49,6%) e 14,6% não haviam frequentado a escola. Dentre as comorbidade avaliadas, 29,9% referiram ter HAS, 15,3% possuíam HAS e DM concomitantemente e 1,5% tinham apenas DM.

Conclusões/Considerações finais

O nível de escolaridade e a renda mensal encontrados evidenciam uma maior vulnerabilidade social neste grupo. O perfil social, sendo a maioria mulheres, na faixa etária entre a 4ª e 6ª décadas de vida corrobora com a população local estudada e, a cor da pele declarada, com a distribuição na região Sul do Brasil. Em relação às comorbidades, é possível observar uma prevalência maior do que na população em geral, principalmente para HAS, sendo importante ampliar o cuidado ofertado garantindo a integralidade com inclusão de ações de promoção da saúde.

Palavras-chave

Crônicas
HAS
DM

Área

Clínica Médica

Instituições

Univille - Santa Catarina - Brasil

Autores

Larissa Maria Moreira, Luciane Haritsch, Eduardo Bianck Menezes