Dados do Trabalho
Título
Hiperostose esquelética idiomática difusa - Doença de Forestier: RELATO DE CASO
Introdução/Fundamentos
INTRODUÇÃO: A hiperostose esquelética idiopática difusa (DISH) é uma doença sistêmica caracterizada principalmente por proliferação óssea de ligamentos e enteses do esqueleto axial, associada a condições como desequilíbrios metabólicos e doenças cardiovasculares. Maior prevalência em homens acima de 50 anos. Apesar das significativas alterações estruturais, a doença apresenta evolução insidiosa e grande parte dos pacientes são assintomáticos. Por isso, o diagnóstico raramente é precoce, tendendo a ser incidental.
Objetivos
OBJETIVO: Ressaltar a defasagem do conhecimento em relação a DISH. Pois, apesar de apresentar características radiográficas bem estabelecidas, há escassez de informações sobre etiologia, patogênese, manifestações clínicas e tratamento desta.
Caso
CASO: Paciente, masculino, 73 anos, hipertenso, dislipidêmico, com doença do refluxo gastroesofágico é encaminhado ao ambulatório de reumatologia para investigação de espondilite anquilosante. Relata início de cervicolombalgia há 10 anos, com piora à movimentação, sem rigidez matinal, dor neuropática ou irradiação, com piora progressiva da amplitude de
movimento nestes segmentos da coluna, prejudicando desempenho em atividades da vida diária. Há 2 anos houve episódios eventuais de tontura, de curta duração, associados com flexoextensão forçada de coluna cervical. Manobra de Dixhallpike/Nylen-barany e Patrick/Fabere negativas, redução passiva de amplitude de movimentos em coluna cervical e lombar, contratura muscular em topografia de trapézio bilateral, ausência de sinovite e entesite. HLA-B27 negativo. Radiografia evidenciou espaços intervertebrais preservados, com presença de calcificação extensa do ligamento longitudinal anterior, além de acometimento de níveis cervicais adjacentes. Tais achados, concomitante à ausência de alterações sacroilíacas, correspondem aos critérios de Resnick, que em conjunto com a análise clínica possibilitaram realização do diagnóstico. Tratamento com miorrelaxante e analgésico comum, além de medidas de reabilitação.
Conclusões/Considerações finais
CONCLUSÃO: Os critérios atuais de classificação permitem o diagnóstico apenas em fases tardias, em que medidas preventivas já não são capazes de alterar deteriorações adicionais. Há, então necessidade de desenvolver novos critérios, aplicáveis na prática diária e que possibilitem diagnóstico precoce, assim promovendo melhorias no curso da doença, comorbidades e sequelas associadas a DISH.
Palavras-chave
PALAVRAS CHAVES: hiperostose esquelética idiopática difusa, doença de forestier, cervicalgia, lombalgia
Área
Clínica Médica
Autores
Jéssica Lie Utiamada, Carollina Dias da Silveira, João Pedro Pereira da Cunha, Kaike Ryoju Bastos Misuno, Graziela Tarsis Carvalho