Dados do Trabalho

Título

Prevalência de úlcera péptica em pacientes de um ambulatório de gastroenterologia no interior do Rio Grande do Sul

Fundamentação/Introdução

INTRODUÇÃO: A úlcera péptica consiste em uma doença do trato gastrointestinal na qual ocorre lesão da mucosa em virtude da ação corrosiva de ácido e pepsina presentes e/ou defeito nas barreiras de proteção da mucosa. Infecções por Helicobacter pylori (H. pylori) e uso de anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs) são os principais fatores de risco para o desenvolvimento de doença ulcerosa péptica.

Objetivos

OBJETIVO: O estudo tem por objetivo fazer uma análise da prevalência de úlcera péptica em relação aos pacientes atendidos em um ambulatório de gastroenterologia – no período entre 2010 e o primeiro semestre de 2019.

Delineamento e Métodos

METODOlOGIA: Realizou-se um estudo transversal retrospectivo a partir da análise do prontuário dos 585 pacientes que foram atendidos em um ambulatório de Gastroenterologia de um hospital universitário, no período entre 2010 e o primeiro semestre de 2019. Os dados provenientes dos prontuários foram computados em uma planilha do Microsoft Excel e calculou-se a prevalência de úlcera péptica em relação aos pacientes selecionados. A partir dos resultados, fez-se uma comparação com a literatura.

Resultados

RESULTADOS: Dos 585 pacientes do ambulatório de gastroenterologia, 38 apresentavam úlcera péptica. Assim, a prevalência de úlcera péptica em comparação ao total de pacientes é de 6,49%. Dos 38 pacientes com úlcera péptica, 20 eram do sexo feminino – 52,63% do total. Relativo à faixa etária, 7 pacientes tinham abaixo de 50 anos; 21 pacientes com idade entre 50 e 70 anos e 10 pacientes com idade acima de 70 anos. Em relação à causa, 8 pacientes apresentavam H. pylori, 1 paciente em uso de AINEs, 3 pacientes apresentando H. pylori e em uso de AINEs e 26 pacientes sem causa definida.

Conclusões/Considerações finais

CONCLUSÃO: No ambulatório de gastroenterologia em questão, a prevalência de pacientes com úlcera péptica, que apresentavam H. pylori e/ou estavam em uso de AINEs, foi baixa. Na literatura, foi possível observar que em metade da população mundial há infecção por H. pylori, contudo a maioria não apresenta sinais e sintomas de úlcera péptica. Ademais, a terapia com IBP se mostra como a primeira escolha tanto no tratamento de úlcera associada a H. pylori quanto no tratamento de úlcera em virtude do uso de AINEs.

Palavras-chave

Úlcera péptica; AINEs; Helicobacter pylori.

Área

Clínica Médica