Dados do Trabalho
Título
PRINCIPAIS DOENÇAS ENCONTRADAS EM PENITENCIÁRIAS
Fundamentação/Introdução
A população carcerária de muitos dos estados brasileiros é exposta e torna-se especialmente suscetível a algumas doenças pelo próprio contexto prisional. A superlotação das celas, sua precariedade e insalubridade tornam muitas prisões brasileiras um ambiente propício a proliferação de epidemias e, principalmente, ao contágio de doenças infecciosas como sífilis, HIV e hepatites B e C. Os fatores estruturais, como também o estilo de vida da população carcerária (falta de higiene, uso de drogas e sedentarismo) corroboram com o surgimento e prognóstico das patologias. No Brasil, de acordo com o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (InfoPen), das 1.424 Unidades Prisionais, no ano de 2014, em relação aos homens, 1.113 foram diagnosticados com Hepatite, 2.034 com Sífilis, 2.162 com Tuberculose e 2.302 com HIV.
Objetivos
Caracterizar as principais doenças infecciosas encontradas em penitenciárias, enfatizando a disseminação de doenças infecciosas e as práticas de saúde neste ambiente
Delineamento e Métodos
Procedeu-se a uma revisão integrativa de literatura, no período de 2006 a 2019, acerca de doenças encontradas em penitenciárias. Realizou-se busca de estudos junto à BVS, acessando as bases de dados: LILACS e BDENF. Utilizando os descritores penitenciária, doenças, infecções. Foram utilizados apenas os textos completos e disponíveis.
Resultados
O estudo foi composto por 4 publicações, as quais 03 (75%) artigos foram extraídos da LILACS e 01 (25%) de LILACS e BDENF, simultaneamente. Quanto ao ano, 2017 representou o período com maior número de estudos, com 02 (50%), os anos de 2019 e 2006 obtiveram 01 (25%) estudos cada. No que se refere aos periódicos, destacaram-se revistas nacionais como a Revista de Psicologia Social e Institucional da UFRGS. Assim sendo, após leitura foi estabelecido duas categorias temática, “disseminação de doenças infecciosas” e “práticas de saúde nas penitenciárias”. Na categoria 1, é importante mencionar as doenças infecciosas, principalmente a tuberculose, pois o ambiente prisional é um local suscetível ao seu contágio, além de HIV, sífilis e hepatite B e C. Com relação a categoria 2 foi observado que devido às limitações estruturais dos presídios, as fragilidades dos serviços de saúde e principalmente a desigualdade social foram os principais responsáveis pela má assistência ao prisioneiro.
Conclusões/Considerações finais
Ressalta-se a importância de reconhecer as necessidades educativas da população, além de um olhar sigiloso para melhoria do ambiente prisional e suas fragilidades.
Palavras-chave
Penitenciária, doenças, infecções.
Área
Clínica Médica
Instituições
CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC - Alagoas - Brasil, FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS - Paraíba - Brasil
Autores
ERICA CASE BARBOSA LOPES, NICOLE VICK NASCIMENTO DE ALMEIDA, ISADORA FELIX BARBOSA, ERIKA RAYANE DE SOUZA AMORIM, ANA CAROLINA GRACINDO BRITO