Dados do Trabalho
Título
EMBOLIA E TROMBOSE ARTERIAIS: INTERNAÇÃO E MORBIMORTALIDADE NA BAHIA NOS ÚLTIMOS 10 ANOS
Fundamentação/Introdução
INTRODUÇÃO: Os fenômenos tromboembólicos arteriais são caracterizados por elevada morbimortalidade, gerando graves sequelas e mortes precoces. Segundo literatura, a fibrilação atrial é a sua principal causa. Existem, porém, poucas estatísticas na Bahia sobre o comportamento temporal da doença.
Objetivos
OBJETIVO: analisar a tendência da taxa de internação hospitalar e a morbimortalidade por embolia e trombose arteriais no Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia, no período de 2008 a 2017.
Delineamento e Métodos
MÉTODOS: Estudo ecológico. O número de hospitalizações por embolia e trombose arteriais foi obtido através do código I74, conforme a CID 10, entre indicadores de morbidade por local de abrangência do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). A população residente foi estimada a partir das indicações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de internação hospitalar foi calculada através da razão entre o número de internações e a população exposta, multiplicando-se o resultado por 100.000.
Resultados
RESULTADOS: Na Bahia, entre os anos de 2008 a 2017, houve 6981 internações hospitalares por Embolia e Trombose Arteriais, sendo 6396 (91,62%) acima dos 40 anos, com 558 (7,99%) na faixa etária de 40-49 anos, 1084 (15,52) na faixa etária de 50-59 anos, 1565 (22,41%) na faixa etária de 60-69 anos e 1680 (24,06%) na faixa etária de 70-79 anos. O sexo masculino representou 3810 (54,57%) das hospitalizações. A média de permanência hospitalar foi de 9,7 dias. No período analisado foi identificado um aumento na taxa de hospitalizações por eventos tromboembólicos arteriais, de 2,99 em 2008 para 4,54 em 2017 (aumento de 51%). A taxa de mortalidade geral nesse período foi de 11%.
Conclusões/Considerações finais
CONCLUSÃO: A incidência de embolia e trombose arteriais aumenta com o estrato etário, com importante incidência sobretudo a partir dos 60 anos. É possível que o aumento concomitante da incidência de fibrilação atrial seja parcialmente responsável por estes achados. Na Bahia, a incidência desses eventos apresentou um aumento na última década, o que torna importante a discussão de estratégias preventivas, incluindo, dentre outras, o diagnóstico precoce de fibrilação atrial e o estabelecimento de terapia anticoagulante apropriada.
Palavras-chave
Epidemiologia; Embolia; Trombose
Área
Clínica Médica
Instituições
Universidade Estadual de Feira de Santana - Bahia - Brasil, Universidade Estadual do Maranhão - Maranhão - Brasil
Autores
Leticia Pereira Martins, Mônica Cardoso do Amaral, Rodrigo da Rocha Batista, Marcella Araújo Pires Bastos, Ricardo Gassmann Figueiredo, Edval Gomes dos Santos Junior