15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

PERFIL CLÍNICO DE PACIENTES COM OSTEOPOROSE EM UM AMBULATÓRIO DE ENDOCRINOLOGIA SUL-BRASILEIRO

Fundamentação/Introdução

A osteoporose (OP) é uma doença que compromete a densidade mineral óssea, acarretando o aumento do risco de fraturas patológicas. No mundo, ela afeta mais de 200 mil pessoas, representando uma das grandes causas de morbidade e mortalidade em idosos, com elevado impacto socioeconômico.

Objetivos

Identificar o perfil clínico de pacientes em tratamento de OP atendidos em um serviço de endocrinologia.

Delineamento e Métodos

Estudo retrospectivo, descritivo, com amostra de pacientes atendidos em um serviço público de endocrinologia em Curitiba. A coleta de dados foi realizada entre novembro de 2017 e julho de 2019. As informações foram obtidas a partir dos prontuários desses pacientes, sendo critérios de inclusão: diagnóstico de OP confirmado, com registro de pelo menos uma consulta. As variáveis analisadas foram: sexo, idade, hiperparatireoidismo primário, hipotireoidismo, deficiência de Vitamina D (VD), diminuição da massa óssea, fraturas, fatores de risco para OP, suplementação de VD e Cálcio (Ca), peso e índice de massa corporal (IMC), tabagismo, prática de exercícios físicos e comorbidades - hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, diabetes melittus 2 (DM 2) e osteoartrose.

Resultados

221 prontuários de pacientes com OP foram analisados. A idade variou de 29 a 92 anos, com média de 68,52 anos (DP ± 10,06); e o IMC variou de 15,1 a 43,2, com média de 27,08 (DP±5,39). 12,22% (n=27) dos pacientes apresentaram hiperparatireoidismo primário; 48,87% (n=108) possuíam baixa massa óssea; 45,70% (n=101) foram acometidos por fraturas e 20,51% (n=63) não possuíam fatores de risco para OP. A comorbidade mais prevalente foi a HAS, acometendo 54,29% (n=120) dos pacientes, seguida por dislipidemia (n=111; 50,23%), osteoartrose (n=49; 22,17%) e DM 2 (n=37; 16,74%). Ainda, 24,89% (n=55) eram tabagistas e 58,82% (n=130) não praticavam exercícios regularmente. A suplementação de Ca demonstrada foi, em média, 600 mg/dia, enquanto a suplementação de VD semanal, 27.173 UI.

Conclusões/Considerações finais

O manejo de pacientes com OP mostra-se cada vez mais recorrente com o envelhecimento populacional, embora seu perfil clínico demonstre considerável complexidade. Assim, o reconhecimento da epidemiologia desses pacientes pode beneficiar o olhar do profissional de saúde no rastreio de suas comorbidades mais frequentes, bem como em seu tratamento, que abrangeria a suplementação de VD e de Ca, além da indicação de atividades físicas regulares, contrariando a evolução para fraturas repetidas e comprometimento da qualidade de vida do paciente.

Palavras-chave

Osteoporose; Epidemiologia; Comorbidades.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Federal do Paraná - Paraná - Brasil

Autores

Priscila Fernanda Vieira, Carolina Ayumi Ichi, Victoria Zeghbi Cochenski Borba, Renata Gonçalves Pinheiro Corrêa