15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

LOBOMICOSE EM PACIENTE IMUNOSSUPRIMIDO: RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

Introdução: A lobomicose, também chamada de doença de Jorge Lobo e lacaziose, é uma doença não-contagiosa rara. Ocorre infecção pelo fungo Lacazia loboi nos tecidos cutâneo e subcutâneo através de ferimentos na pele. É típico da região amazônica, predominando no sexo masculino, significa fator de risco para pacientes imunossuprimidos e trabalhadores ou moradores de zona rural. Descrito por lesões de aspecto nodular e queloidiana, envolvendo sobretudo pavilhões auriculares, face e membros.

Objetivos

Objetivo: Expor um caso de doença de Jorge Lobo em paciente com imunossupressão por transplante renal.

Caso

Caso: Paciente masculino, 63 anos, radialista, natural de Sena Madureira, Acre, com história pregressa de hipertensão arterial sistêmica, evoluindo com doença renal crônica, foi submetido a transplante renal em maio/2009, desde então em imunossupressão com tacrolimo, micofenolato e prednisona. Em abril/2016 apresentou lesão ulcerada com fundo granulomatoso de 8 centímetros de diâmetro em membro superior esquerdo. Realizado exame histopatológico foi confirmado o diagnóstico de lobomicose pelo método de Grocott, iniciando-se com terapia medicamentosa, optando por Itraconazol de 200 miligramas por dia por 6 meses. Durante o tratamento paciente apresentou interação medicamentosa, necessitando de adequação da imunossupressão. Evoluiu com melhora importante da lesão, que em cinco meses apresentava aspecto cicatricial residual.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Esta é uma patologia de evolução lenta e indolor, por este motivo é comum que pacientes só procurem auxílio médico em estágios mais avançados da doença, deste modo, dificultando o seu diagnóstico e prognóstico. Em casos de pacientes imunossuprimidos, a evolução desta doença pode ser muito mais rápida, comprometendo pacientes que ainda passam por recuperação de transplante de órgãos. Apesar da baixa incidência, a Lobomicose deve estar sempre inclusa no diagnóstico diferencial das lesão de pele em regiões da Amazônia, em especial na população rural, visto que tratamentos satisfatórios já existem com o uso de antifúngicos.

Palavras-chave

Palavras-chave: Lobomicose; Quelóide; Lacazia; Imunossupressão; Transplante de Rim.

Área

Clínica Médica

Autores

Mariana Chaves Penteado, Bruno Gemilaki Dal Poz, Louise Costa Neves, Cheyza Oliveira Silva, Jarinne Camilo Landim Nasserala