15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

CETOACIDOSE DIABÉTICA, UMA COMPLICAÇÃO DA DIABETES MELLITUS: RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

A Diabetes Mellitus (DM) é um dos maiores problemas da área da saúde mundial devido suas intercorrências, tanto agudas quanto crônicas. A cetoacidose diabética é uma das complicações agudas da DM, considerada uma emergência médica tendo maior acometimento em pacientes com DM tipo 1 e em pacientes mais jovens (<65 anos), sendo menos comum em pacientes com DM tipo 2.

Objetivos

Relatar caso de diabetes mellitus descompensada com ênfase em suas consequências, como o caso da cetoacidose diabética e a necessidade da investigação de doença tubular renal como diagnóstico diferencial.

Caso

Paciente 34 anos, portadora de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) há 4 anos, admitida no Hospital de referência de Aracruz – ES por encaminhamento da endocrinologista, referindo dispneia, xerostomia, xeroftalmia, perda ponderal, inapetência, urina espumosa e glicemia aumentada, apresentando quadro compatível de cetoacidose diabética. Nega outros sintomas sistêmicos. Informa uso de Metformina 850mg duas vezes ao dia, Invokana, Pioglit, Rosuvastatina 10mg, Diamicron. Durante a internação para compensação da DM2, foram realizados controle de HGT e exames laboratoriais, que evidenciaram distúrbio hidroeletrolítico, glicosúria, cetonúria e proteinúria, os quais sugeriram uma possível acidose tubular renal (ATR) associado a clínica e, também, foi iniciado insulina. Após ser avaliada pelo Cardiologista, foi solicitado parecer da endocrinologista e prescrita insulina NPH 0,5 UI/kg/dia (20UI manhã/ 10UI noite). No 6º dia de internação recebeu alta hospitalar com o diagnóstico de cetoacidose diabética, apresentando-se estável, com períodos de hiperglicemia em uso de insulina NPH uma vez ao dia e eletrólitos normais. Orientada para seguimento ambulatorial, controle glicêmico e início de insulina basal/Bolus.

Conclusões/Considerações finais

Demonstrou-se nesse estudo a importância de um tratamento adequado e de sua adesão para o controle da DM2, evitando assim, intercorrências mais graves como a cetoacidose. Sendo também, necessário a investigação da doença tubular renal como diagnóstico diferencial em casos de distúrbio hidroeletrolítico afim de evitar um tratamento incorreto e evolução da paciente para uma doença renal crônica.

Palavras-chave

Cetoacidose; Acidose tubular renal; Diabetes mellitus; Doença tubular renal.

Área

Clínica Médica

Autores

Bruna Vallim Leocadio, Ana Luiza Santi Sant'Ana, Luiza Degasperi Diniz, Nádia Camilato Ferraz Knop, Nina Mori Borges