Dados do Trabalho

Título

PERFIL DE PACIENTES PORTADORES DE LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO DE AMBULATÓRIO DA REGIÃO NORTE DO BRASIL.

Fundamentação/Introdução

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune associada à produção de auto anticorpos variados. Possui característica crônica, multissistêmica e idiopática e seu desenvolvimento envolve, além da predisposição genética, fatores ambientais, processos infecciosos e o uso de certos medicamentos. Apresenta alta prevalência no sexo feminino e variabilidade de manifestações clínicas, dentre as quais predomina o acometimento cutâneo-mucoso-articular.

Objetivos

Avaliar o perfil sociodemográfico, clínico e laboratorial dos pacientes portadores de LES acompanhados em ambulatório de reumatologia do Hospital Geral Público de Palmas (HGPP) na cidade de Palmas, TO.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo retrospectivo, do tipo descritivo, com coleta de dados diretamente nos prontuários da instituição. Foram pesquisados dados sociais, demográficos, clínicos, medicações em uso e os critérios SLICC 2012 (Systemic Lupus Erythematosus International Collaborating Clinics) preenchidos por cada paciente.

Resultados

A análise dos 33 prontuários evidenciou que a população é predominantemente do sexo feminino (93,93%), idade entre 40 e 59 anos (45,45%), casados (42,42%), autodeclarados pardos (72,72%), ocupação do lar (39,39%) e procedentes do estado do Tocantins (84,84%), com destaque para a cidade de Palmas (21,21%). O diagnóstico de Lúpus foi realizado majoritariamente na faixa etária entre 20 a 39 anos (60,60%). Quanto aos critérios de classificação SLICC 2012, os clínicos mais comuns encontrados nos pacientes foram alopécia (78,78%), seguida de artrite (72,72%) e doenças renais (60,60%). Já nos critérios imunológicos, os mais frequentes foram positividade ANA (90.90%), consumo de fatores do sistema complemento (72,72%) e positividade anti-ds DNA (51,51%). Outros anticorpos observados não pertencentes ao critério SLICC foram positividade Anti- RO e anti- LA, representando, respectivamente, 30,3% e 15,15% do total. Os medicamentos em uso mais observados foram a hidroxicloroquina (96,96%), corticoides (90,90%) e azatioprina (57,57%).

Conclusões/Considerações finais

Pacientes majoritariamente do sexo feminino, pardas, casadas e com ocupação do lar. Há predomínio da faixa etária entre 40 e 59 anos e diagnóstico entre 20 e 39 anos. Os sinais clínicos predominantes são a alopécia, artrite e doenças renais e destaca-se o uso da hidroxicloroquina como medicação em uso. É possível concluir que o paciente com lúpus atendido no Tocantins possui características semelhantes as dos pacientes atendidos no restante do Brasil.

Palavras-chave

Lupus eritematoso sistêmico, região Norte, Palmas, manifestações clínicas, mulheres, doença crônica, inflamação, critérios imunológicos, SLICC, sistêmico, cutâneo, LES.

Área

Clínica Médica