15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA E COMPARATIVA DOS CASOS DE LEISHMANIOSE VISCERAL NOTIFICADOS NA CIDADE DE ARAGUAÍNA-TO NO PERÍODO DE 2012 A 2017 E NO BRASIL NO MESMO PERÍODO.

Fundamentação/Introdução

A leishmaniose visceral (LV) consiste em uma doença infectocontagiosa de caráter crônico que ainda é tida como problema de saúde pública no Brasil. As diretrizes do Programa de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral (PVCLV) criadas em 2006 estabelece estratégias em busca de redução de morbimortalidade, controle de reservatório e consequentemente redução de casos dessa entidade. No entanto, mesmo com os esforços, identifica-se a expansão de casos humanos e das áreas endêmicas de LV no Brasil, fato este que leva a questionamento quanto à eficiência de tais medidas. Contudo, quando analisados certos índices focais pode-se perceber um parâmetro divergente de epidemiologia.

Objetivos

O presente estudo tem como objetivo principal analisar o perfil epidemiológico da Leishmaniose Visceral no período de 2012 a 2017 a nível local e nacional. Além disso, visa demonstrar o impacto das medidas preventivas nos índices de incidência.

Delineamento e Métodos

Estudo retrospectivo, quantitativo e descritivo com análise secundária do banco de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS referente ao período de 2012 a 2017. Do instrumento de coleta, avaliou-se a taxa de afecção, ano da notificação e sexo de maior incidência.

Resultados

No período analisado, houve o registro de 21.942 casos de leishmaniose visceral no Brasil. Destes, 14.242 eram do sexo masculino e 7.700 do sexo feminino. Em Araguaína, no mesmo período, foram notificados 427 casos, dos quais 252 foram em homens e 175 em mulheres, em consonância com o que aconteceu a nível nacional. Na contramão dessa estatística, no município de Araguaína houve um declínio da incidência para cerca de 1/3 dos casos registrados em 2012 (138) em comparação com 2017 (43), enquanto o Brasil experimentou um aumento significativo de 3.269 notificações em 2012 para expressivos 4.456 casos no ano de 2017.

Conclusões/Considerações finais

Observou-se uma tendência de masculinização da doença, fato esse que pode ser explicado pela maior exposição do sexo masculino aos flebotomíneos, haja vista que as ocupações rurais e atividades de lazer sem as devidas precauções (como pescaria, por exemplo) são executadas com maior frequência pelo sexo masculino. Foi verificado ainda que o Brasil teve como predominância o aumento do número de casos. Mas, por outro lado, em relação à cidade de Araguaína, considerada área endêmica e de transmissão intensa pelo Ministério da Saúde, houve declínio significativo das ocorrências, indicando que as medidas preventivas estão sendo eficazes.

Palavras-chave

Incidência. Leishmaniose Visceral. Perfil epidemiológico.

Área

Clínica Médica

Instituições

UNITPAC - Tocantins - Brasil

Autores

LUCAS EDUARDO BRITO ABREU LUZ, ANA BEATRIZ PEREIRA CASTRO CAMILO, GABRIEL LIMA BARCELLOS, Marianna Neves Nolasco, JOSÉ WALTER LIMA PRADO