Dados do Trabalho
Título
Atenuação da cobertura vacinal: comparação entre Rio grande do Sul e Pelotas.
Fundamentação/Introdução
A vacinação é fundamental para erradicar doenças e atenuar epidemias. Contudo, o Programa Nacional de Imunizações no Brasil, vem enfrentado dificuldades operacionais. Como consequência disso tem a redução dos percentuais de cobertura vacinal.
Objetivos
O objetivo desse trabalho é demonstrar a diminuição da vacinação em Pelotas - RS em comparação ao Rio grande do Sul.
Delineamento e Métodos
O estudo realizado é retrospectivo com análise de dados secundários obtidos do DATASUS oriundos do SI-PNI (Sistema de informação do programa nacional de imunizações) tabulados através do TABNET/Ministério da Saúde. Foram analisados dados quantitativos da vacina inativada da poliomielite (VIP), vacina meningocócica C, vacina tríplice viral administradas referente a 2015 e 2018. Como forma de análise e comparação foram coletados dados do município de Pelotas e do Estado do Rio Grande do Sul.
Resultados
Em 2015, no Rio Grande do Sul (RS), a cobertura vacinal para VIP 83,48%, meningocócia C 90,54%, e tríplice viral 79,94%. Em comparação a Pelotas houve a redução de cobertura nos seguintes percentuais: no ano de 2015, a vacinação para VIP 83,16%, meningocócica C 77,89%, tríplice viral 66,64%. No ano de 2018, no Rio Grande do Sul, a cobertura vacinal para VIP 81,83%, meningocócica C 79,06% e tríplice viral 86,52%. Na cidade de Pelotas no ano de 2018 VIP 48,88%, meningocócica C 46,96% e tríplice viral 55,22%. Tanto a VIP quanto a meningocócica C apresentaram redução na sua cobertura no ano de 2018 quando comparado com 2015 em Pelotas e no RS. Entretanto, enquanto no estado do Rio Grande do Sul a VIP teve uma redução em 2018 de 1,65% em relação a 2015, em Pelotas essa redução foi de 34,28%. Já em relação à menincocócica C, a variação de 2015 para 2018 no RS foi 11,48%, enquanto que em Pelotas a atenuação foi de 30,93%. Isso demonstra uma redução mais exacerbada em Pelotas nos dois anos analisados. No que diz respeito à vacina tríplice viral houve um aumento da sua cobertura em 6,58% no ano de 2018 no RS e em Pelotas houve uma redução de 11,42%.
Conclusões/Considerações finais
Assim, é importante levantar tais dados para ver a necessidade de aprimorar falhas que levam a redução da cobertura vacinal no RS e em Pelotas. Ainda que existam políticas engajadas, essas parecem não ser efetivadas na sua integralidade. Então, é pertinente revisar estratégias priorizando a realização de monitorização e de implantação mais efetiva. Desse modo, evitar-se-á surtos de doenças potencialmente graves e modificar-se-á o atual cenário que se estabelece.
Palavras-chave
Vacinação, cobertura, vacinal, Pelotas, Rio, Grande, Sul, DATASUS, meningocócica, tríplice, viral, poliomielite
Área
Clínica Médica
Instituições
Universidade Católica de Pelotas - Rio Grande do Sul - Brasil
Autores
Luna Hussein Colombelli, Luís Otávio Behrensdorf Kaiser, Caroline Vicenzi, Anna Caroline de Tunes Silva Azevedo, Fernanda Borgmann Karajeh, Natalye Ulguim