Dados do Trabalho

Título

Tratamento Intervencionista do infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) no Biocor Instituto

Fundamentação/Introdução

O infarto agudo do miocárdio (IAM) apresenta altos riscos para o paciente e a reperfusão realizada com terapia trombolítica ou angioplastia coronária é a base do tratamento para pacientes com IAM com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST). Segundo as Diretrizes da European Society of Cardiology (ESC) de 2017, o tempo porta/ECG-balão ideal é menor que 60 minutos e é uma importante medida de desempenho hospitalar para a qualidade do atendimento de pacientes com IAMCSST.
Objetivos: caracterizar os resultados de pacientes com IAMCSST admitidos em um hospital e comparar o tempo porta/ECG-balão destes pacientes com os de dois outros hospitais.

Objetivos

Caracterizar os resultados de pacientes com IAMCSST admitidos em um hospital e comparar o tempo porta/ECG-balão destes pacientes com os de dois outros hospitais.

Delineamento e Métodos

Análise de dados retrospectivos de 292 pacientes com IAMCSST admitidos no Setor de Hemodinâmica e que realizaram angioplastia coronária no Biocor Instituto, no período de 2012 a 2018. Foram analisados também dados referentes à localização do IAM, artéria culpada, Classificação de Killip, sítio de punção e tempo porta/ECG-balão, este último sendo comparado ao tempo de outros dois hospitais (HCOR e Einstein).

Resultados

Dos 292 pacientes, 213 (73%) eram homens e 79 (27%) mulheres. As principais localizações do infarto foram: anterior (137=46,9%), inferior (115=39,4%) e antero-lateral (13=4,5%); as artérias culpadas: descendente anterior (150=51,4%), coronária direita (95=32,5%) e coronária circunflexa (17=5,8%). A classificação Killip foi: classe I (225=77%), classe II (17=5,8%), classe III (11=3,8%) e classe IV (39=13,4%). O sítio de punção femoral (268=91,8%) e radial (24=8,2%). Do total de pacientes, 29 (9,9%) faleceram. Nestes pacientes, as principais localizações do IAM foram: anterior (16=55,2%), inferior (10=34,5%), infero-lateral (2=6,9%) e antero-lateral (1=3,4%); as artérias culpadas foram: descendente anterior (15=51,8%), coronária direita (7=24,2%) e coronária circunflexa (2=7%).

Conclusões/Considerações finais

O tempo porta/ECG-balão do total de pacientes foi de 51,4 minutos. E o tempo porta/ECG-balão dentre os 29 pacientes que faleceram foi de 53 minutos, abaixo do tempo limite da diretriz SCE 2017. Quando comparado com o tempo porta/ECG-balão dos outros dois hospitais (HCOR = 67 minutos; Einstein = 47 minutos), o tempo do Biocor Instituto também se apresenta dentro do tempo preconizado pelo SCE 2017 .

Palavras-chave

Infarto agudo do miocárdio; reperfusão miocárdica; tempo porta/ECG-balão.

Área

Clínica Médica