15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

TRAUMA RAQUIMEDULAR CERVICAL EM PACIENTE COM ESPONDILITE ANQUILOSANTE: UM RELATO DE CASO

Introdução/Fundamentos

Introdução/Fundamentos: A Espondilite Anquilosante (EA) é uma doença inflamatória crônica do esqueleto axial, que envolve a coluna vertebral de forma ascendente, iniciando pelas articulações sacroilíacas e coluna lombossacra, disseminando, posteriormente para a coluna torácica e cervical. Pode se manifestar como dor crônica nas costas e na pelve, postura anormal, rigidez progressiva e também manifestações extra articulares. A imagem típica da EA é uma coluna “espinha de bambu”, devido à anquilose por sindesmófitos e calcificações. Associado à anquilose, há desenvolvimento de osteopenia e osteoporose precoce, contribuindo para fragilidade óssea. Dessa forma, a inflamação crônica e a nova formação óssea aumentam em até duas vezes o risco de fratura vertebral, predispondo para lesão de medula vertebral e complicações neurológicas.

Objetivos

Objetivos: Relatar caso de boa evolução de paciente com espondilite anquilosante vítima de trauma cervical de alta energia.

Caso

Caso: M.A., 48 anos, masculino. Vítima de trauma de alta energia, dá entrada apresentando cervicalgia sem déficit neurológico. Foi realizada tomografia de coluna cervical, que revelou fratura de corpo de C6 com subluxação; na qual foi diagnosticado espondilite anquilosante. Foi realizado corpectomia em C6 e artrodese de C5-C7, com enxerto e placa. Na evolução no pós-operatório houve melhora do alinhamento da coluna e paresia de raiz de C7 à direita. Foi realizado o segundo procedimento de artrodese de C3-C7 via posterior, com manutenção do quadro clínico pré-operatório.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações finais: Ainda que a EA esteja relacionada com maior dificuldade de tratamento de fratura vertebral e lesão de medula espinhal, para estes pacientes recomenda-se estabilização cirúrgica precoce, a fim de corrigir a deformidade óssea e evitar novas lesões. Além disso, em pacientes com EA, até mesmo traumas de baixa energia podem levar a lesões graves e incapacitantes, como tetraparesia. Nesse caso, apesar da elevada energia do trauma e da complexidade da fratura, não houve desenvolvimento de sequelas neurológicas importantes, com boa evolução do quadro.

Palavras-chave

Palavras-chave: Espondilite anquilosante; Trauma; Cervical; Evolução; Tratamento;

Área

Clínica Médica

Instituições

Faculdades Pequeno Príncipe - Paraná - Brasil

Autores

Bruna Frigo Bobato, Evelyn Carolina Suquebski Dib, Harien Aline Sprung, Francisco Araújo Junior