15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

NÚMERO DE CASOS DE TUBERCULOSE NO BRASIL DISCRIMINADO PELO TIPO DE ENTRADA: COMPARAÇÃO ENTRE AS TAXAS SITUAÇÃO DE ENCERRAMENTO NAS CINCO REGIÕES NO ANO DE 2018

Fundamentação/Introdução

Segundo o DATASUS, houve um aumento de 286% de casos de tuberculose (TB) de 2017-2018, o que evidencia uma carência em estudos nessa área, que ajudarão a direcionar os investimentos do governo na saúde pública, além de prevenir novos casos de TB.

Objetivos

O estudo tem como finalidade a divisão das formas de apresentação e tipo de entrada dos pacientes com TB nas unidades de saúde das regiões brasileiras, além de avaliar as formas de encerramento do tratamento (cura, óbito, abandono, etc), o que auxiliará o foco dos investimentos governamentais, diminuindo incidência e, consequentemente, gastos.

Delineamento e Métodos

O estudo, de natureza descritiva, compreendeu como estratégias metodológicas um corte transversal referente ao ano de 2018, com valores retirados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS e analisados com o programa Excel.

Resultados

As regiões com maior incidência de tuberculose é a região sudeste (48%) seguida pelas regiões nordeste (18%), sul (17,4), norte (12,3%) e centro oeste (4,3%). Esse padrão regional decrescente se mantém quando observamos a porcentagem de cura, abandono de tratamento e óbito por tuberculose em cada região. Porém o padrão se modifica na situação de encerramento por DR em que, sudeste (SE) se mantém com maior porcentagem, porém seguido da região sul (S), nordeste (NE), norte (N) e centro oeste (CO), respectivamente com 39,3%, 21,9%, 20,6%, 14,6% e 3,6%. Outro aspecto avaliado, a mudança de esquema terapêutico, se mostrou com padrão similar, modificando as regiões NE e N, aparecendo respectivamente com 18,2% e 17,9%.
Observado o tipo de entrada, em todas as regiões o maior número se deve a casos novos, chegando a 33.469 no SE, seguindo por reingresso após abandono (com exceção ao SE que apresenta a recidiva como segundo parâmetro), recidiva, transferências e os dois últimos parâmetros pós óbito e não especificado seguindo essa ordem no NE, SE, e invertido em N,S e CE.

Conclusões/Considerações finais

Quando se avalia os resultados é notória a necessidade de investimentos governamentais em acompanhamento efetivo no tratamento de pacientes tuberculosos, visto que, há alta prevalência de abandono e também de transferência, o que leva a problemas no acompanhamento do doente. Além disso, é imprescindível políticas públicas que visam a diminuição de novos casos da doença, principalmente nas principais áreas de acometimento, como na região Sudeste.

Palavras-chave

Tuberculose; Tratamento; Tipos de entrada; Epidemiologia; Incidência

Área

Clínica Médica

Autores

Alessandra Pozzobon, Ilana Carolina Sartori, Alice Arantes Rezende Costa e Silva