15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

ESTUDO COMPARATIVO SOBRE A PREVALÊNCIA DE DOR ABDOMINAL E PÉLVICA NA REGIÃO NORDESTE E NO ESTADO DE SERGIPE

Fundamentação/Introdução

A dor abdominal e pélvica é uma das principais causas de internação em nosso meio. Em homens, as principais etiologias dizem respeito às doenças da próstata, como prostatite, hiperplasia prostática benigna e até câncer de próstata. Já em mulheres, as miomatoses, endometrioses e Doença Inflamatória Pélvica (DIP) estão entre as mais prevalentes. Contudo, em comum a ambos os sexos destacam-se a cólica intestinal, apendicite e diverticulite.

Objetivos

Avaliar a prevalência de dor abdominal e pélvica na região do Nordeste e no estado de Sergipe.

Delineamento e Métodos

Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo com dados obtidos pelo DATASUS referente às taxas de internação por dor abdominal e pélvica no Nordeste e no estado de Sergipe durante o período de 2013 a 2018. Foram analisadas variáveis correspondentes ao sexo (masculino e feminino) e a faixa etária (20 a mais de 80 anos).

Resultados

Observou-se um total de 47.968 internações no Nordeste e 1719 em Sergipe. No Nordeste, 54,5% foram do sexo masculino e 45,5% no sexo feminino. Já em Sergipe, 57,6% dos casos foram observados em homens, e 42,4% em mulheres. No que diz respeito à faixa etária, no Nordeste, há maior prevalência no sexo masculino foi dos 20 aos 29 anos, com 19,8% dos casos, e no sexo feminino a maior prevalência foi dos 30 aos 39 anos, com 19,28% dos casos. Já em Sergipe, o sexo masculino foi mais prevalente entre 20 e 29 anos, representando 20% dos casos, e em mulheres, prevaleceu também a faixa etária de 20 a 29 anos, com 19,2% dos casos.

Conclusões/Considerações finais

De acordo com os dados analisados, observamos que o sexo mais acometido em Sergipe assemelha-se ao da região Nordeste, prevalecendo em homens, sendo também a mesma faixa etária acometida neste grupo, isto é, dos 20 aos 29 anos. Já no sexo feminino houve uma diferença quanto à faixa etária mais acometida. Em Sergipe, as mulheres acometidas são mais jovens (20 a 29 anos) do que aquelas correspondentes aos dados da região Nordeste (mulheres de 30 a 39 anos). De uma forma geral, a partir desses dados, pode-se inferir que a faixa etária de maior risco para o desenvolvimento de dor abdominal e pélvica crônica, considerando conjuntamente homens e mulheres, corresponde ao intervalo de 20 aos 39 anos. Assim, os dados indicam necessidade de maior atenção à doença nessa faixa etária, pois, embora não represente, na maioria dos casos, risco direto de morte, provoca uma diminuição na qualidade de vida do paciente e danos econômicos graves à sociedade.

Palavras-chave

Dor pélvica; dor abdominal; região Nordeste.

Área

Clínica Médica

Instituições

Universidade Tiradentes - Sergipe - Brasil

Autores

Jéssica Oliveira Cunha Barreto, Jasmim Maia Mehlem, Elisandra De Carvalho Nascimento, Hayanna Cândida Carvalho de Souza