Dados do Trabalho
Título
Síndrome de Sweet: Relato de Caso
Introdução/Fundamentos
A Síndrome de Sweet (SS) é uma doença inflamatória sistêmica rara, caracterizada por lesões cutâneas tipo placas eritematosas dolorosas associado a sintomas sistêmicos. Faz-se necessário seu conhecimento pois constitui diagnóstico de exclusão.
Objetivos
Relatar caso de Síndrome de Sweet e suas etapas diagnósticas.
Caso
Paciente masculino, 54 anos, referiu há 10 dias aparecimento de pápulas eritematosas e dolorosas em membros superiores e tórax anterior. Relatou quadro febril de 39°C associado a mal-estar, artralgia e rigidez articular em mãos e pés. Procurou, por diversas vezes, atendimento médico em pronto atendimento médico sem diagnóstico preciso, sendo internado para investigação após disseminação das lesões cutâneas e piora dos sintomas gerais. Ao exame físico, apresentava pápulas e placas eritematovioláceas, edematosas, algumas com centro vesiculoso, disseminadas em tronco anterior e face extensora de membros superiores e inferiores. Exames gerais encontravam-se dentro da normalidade, embora provas inflamatórias elevadas. Investigação para neoplasias foi negativo. Realizado biópsia cutânea, confirmando diagnóstico de Síndrome de Sweet. Iniciado corticoterapia endovenosa e alta hospitalar com prednisona 0,5mg/kg/dia, com desmame lento. Paciente teve remissão completa do quadro em 10 dias.
Conclusões/Considerações finais
A SS é caracterizada clinicamente por lesões pápulo-nodulares ou placas eritematosas e/ou violáceas dolorosas, distribuídas assimetricamente. Sua patogênese não é completamente conhecida, com implicação imunogenética. Há três formas clínicas de apresentação: clássica, associada a malignidade e induzida por drogas. A variante clássica é a mais comum, com predomínio no sexo feminino. O diagnóstico é firmado pela presença de ambos critérios maiores associado à dois menores. Os critérios maiores são: o início abrupto de placas ou nódulos eritematosos e dolorosos e histopatológico com infiltrado neutrofílico denso. Os critérios menores são: febre; antecedente de infecções respiratórias altas ou gastrointestinais ou vacinação; associação com malignidades, desordens inflamatórias ou gestação; alterações laboratoriais; e excelente resposta à corticoterapia. Faz-se necessário investigação adequada pois 10-20% dos casos está associado a malignidades. O tratamento de escolha é corticosteroide sistêmico, com ótima resposta tal como no caso apresentado.
Palavras-chave
Corticoterapia. Neutrófilos. Síndrome de Sweet.
Área
Clínica Médica
Instituições
Universidade do Vale do Itajaí - UNIVALI - Santa Catarina - Brasil
Autores
Mariana Medeiros Martins, Sarah Lyane Venzon, Letícia Dall agnol, André Luiz Rossetto, Théo Nicolacópulos