15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Inserção da disciplina de urgências e emergências médicas nos cursos de Medicina em universidades públicas do Nordeste

Fundamentação/Introdução

Introdução: A área de urgências e emergências médicas é essencial na formação do estudante de medicina, haja vista sua notória demanda nos centros de trauma, sobretudo no Nordeste. Assim, a inserção dessa disciplina na grade curricular do curso de Medicina nas universidades públicas contribui para a maximização do aproveitamento acadêmico, fato de extrema relevância no contexto atual.

Objetivos

Objetivos: Analisar a inclusão de disciplinas reservadas à Medicina de Urgência e Emergência no projeto político pedagógico nos cursos de Medicina das universidades públicas do Nordeste.

Delineamento e Métodos

Métodos: Foram identificadas instituições públicas de ensino que oferecem o curso de Medicina no Nordeste por consulta ao Portal do Ministério da Educação. Além disso, os sites das instituições foram visitados, a fim de verificar a presença de disciplinas com foco em Urgência e Emergência nas matrizes curriculares. Ademais, foram analisadas as ementas, visando identificar as que possuíam os temas “Atendimento Inicial ao Politraumatizado”, “Queimaduras” e “Aspectos éticos” descritos no programa. Os dados são apresentados em percentuais, média e desvio padrão, mediana e intervalo interquartílico (IIQ) e análise foi realizada através do IBM SPSS, considerado significativo p<0.05.

Resultados

Resultados: Foram encontradas as matrizes curriculares de 39 cursos de Medicina de instituições públicas no Nordeste, das quais 27 (69,2%) eram de administração federal e 12 (30,8%) estadual. Do total, 28 (71,8%) tinham disciplina própria para Urgência e Emergência, sendo a média de carga horária 148,89 horas, embora tenha havido grande variação (mediana 131,50 horas, IIQ 90-191,25 horas). Destas, 19 tiveram as ementas analisadas, das quais 11 (57,9%) continham Atendimento Inicial ao Politraumatizado, 13 (68,4%) abordavam Queimados e 2 (10,5%) apresentavam Aspectos Éticos. Não houve diferença estatisticamente significativa entre média de carga horária e existência de disciplina específica quando comparados os dois tipos de administração.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões: É possível observar que existe uma carência no programa de ensino de emergências médicas, o que é incoerente, pois 70% dos médicos trabalham, nas fases de iniciação profissional, nesse atendimento. Nesse contexto, a deficiência em tais disciplinas pode estar atrelada à sua inserção recente nas grades curriculares dos cursos Medicina. Nesse sentido, é relevante reconhecer a necessidade de aprimorar o ensino dessa área médica, para tornar mais eficiente o atendimento ao paciente.

Palavras-chave

emergências; universidades; ensino; Nordeste; projeto político pedagógico

Área

Clínica Médica

Instituições

Instituto Dr. José Frota - Ceará - Brasil, Universidade Federal do Ceará - Ceará - Brasil

Autores

Myrella Messias de Albuquerque Martins, Ricardo Sammuel Moura Lima, Sandrirla da Silva Sousa, Emanoel Lucas Pinheiro Xavier, Maria Vitória de Araújo Bezerra, Daniel Souza Lima