15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Tratamento Endovascular para as Dissecções Carotídeas: Uma Análise de 40 Casos.

Fundamentação/Introdução

Introdução/Fundamento: As dissecções da artéria carótida interna (ACI) podem ocorrer espontaneamente em vasos saudáveis, em vasos enfraquecidos por alguma arteriopatia primária ou devido a algum trauma e representam uma causa importante de acidente vascular cerebral (AVC). Ainda que o tratamento clínico possa ser empregado, em alguns casos pode haver falhas ou a anticoagulação ser contraindicada. Nesse ínterim, o tratamento endovascular (TEV) com a colocação de stent tem sido uma opção de tratamento com baixas taxas de morbimortalidade e favorável desfecho clínico.

Objetivos

Objetivos: Avaliar o perfil dos pacientes e as características das dissecções de ACI tratadas com angioplastia em serviço de referência de Neurocirurgia.

Delineamento e Métodos

Delineamento/Métodos: Estudo retrospectivo, observacional, realizado a partir de uma base de dados conforme o serviço de Neurocirurgia no período de 2005 a 2018. Foram observadas as variáveis sexo, idade, sintomas, comorbidades, características da dissecção e do procedimento realizado.

Resultados

Resultados: Analisados 40 casos de dissecção da ACI submetidos a TEV. A idade média foi de 46 anos (28-89); 12,5% das dissecções arteriais ocorreram em território intracraniano da ACI e 87,5% em território extracraniano. O sexo predominante foi o masculino com 57,5%. A predominância quanto à lateralidade ocorreu com 65% dos pacientes abordados do lado direito e 35% do lado esquerdo, houve tratamento bilateral em 5%. Quanto à sintomatologia, o AVC isquêmico esteve presente em 17,5%, seguido por tontura em 17,5% dos casos e cefaleia em 35%. Quanto às comorbidades, a hipertensão arterial sistêmica foi constatada em 37,5%, seguida por dislipidemia em 33,3%, cardiopatias 7,5% e tabagismo 10%. Em relação à concomitância de estenose da ACI no lado que ocorreu a dissecção, 22,5% dos pacientes apresentaram estenoses acima de 70%. 100% dos pacientes foram submetidos à arteriografia digital previamente ao tratamento e 30% foram submetidos ao doppler de carótidas. A taxa de insucesso foi de 0%, não tendo sido constatado óbito de nenhum paciente tampouco complicações no perioperatório.

Conclusões/Considerações finais

Conclusões/Considerações Finais: A análise dessa amostra demonstra que o perfil dos pacientes que apresentaram dissecção em ACI está em consonância com a literatura. Ademais, observou-se que o tratamento endovascular com a colocação de stent para as dissecções da ACI é uma opção terapêutica com altas taxas de sucesso implicando em reduzida morbimortalidade.

Palavras-chave

Endovascular, dissecção carotídea

Área

Clínica Médica

Instituições

FURB - Santa Catarina - Brasil

Autores

Vitor Dias de Almeida, Leandro José Haas, Júlia Martins, Bruno Rafael Sabel, Carlos Henrique Dummer