Dados do Trabalho
Título
ÓBITOS POR NEOPLASIAS DE CÓLON E RETO NO PARANÁ: UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA DE 2008 A 2017.
Fundamentação/Introdução
Com a atual transição demográfica, as doenças crônicas não transmissíveis e suas taxas de mortalidade e morbidade absoluta têm sofrido importante crescimento em sua prevalência. As neoplasias, por exemplo, se destacam. Entre elas, o câncer de cólon e reto-já que os tumores de intestino têm uma íntima relação com obesidade, alimentação e sedentarismo. No Brasil, esse subtipo é o terceiro mais freqüente entre os homens e o segundo nas mulheres. Além disso, número de casos entre adultos e jovens é crescente. Logo, estudos epidemiológicos visando rastrear populações de risco são necessários.
Objetivos
Reconhecer e analisar o perfil epidemiológico de óbitos por neoplasias de cólon e reto no estado do Paraná, de 2008 a 2017.
Delineamento e Métodos
Estudo descritivo, observacional e retrospectivo, realizado por meio de análise de dados fornecidos pela Secretaria de Saúde do Estado . Foram avaliados sexo, faixa etária e raça.
Resultados
O número de óbitos por neoplasias de cólon e reto de 2007 a 2018 no Paraná a totalizou 10.408 (8,3%) pessoas, dentre os 124.887 pacientes oncológicos analisados, correspondendo ao segundo subtipo de neoplasia que mais gerou óbitos no estado. Dentre eles, a distribuição quanto ao sexo foi quase equivalente, uma vez que 5.359 (51,5%) eram do sexo masculino, enquanto que 5.049 (48,5%) feminino. Com relação à faixa etária, a idade de 70 a 79 anos foi prevalente, correspondendo a 2.702(26%), seguido dos pacientes com 60-69 anos com 2.637 (25,3%). No entanto, evidencia- se que a partir dos 50 anos, a prevalência do câncer de cólon e reto já é crescente e, consequentemente, também o número de óbitos. Quanto à raça/cor, houve o predomínio de brancos, equivalendo a 8669 (83,3%).
Conclusões/Considerações finais
Nota-se que as características clinicas analisadas foram parcialmente compatíveis com a literatura nacional. O predomínio de óbitos pela doença em pacientes acima de 50 anos, assim como da raça branca, se assemelham aos dados brasileiros. No entanto, a distribuição de óbitos quanto ao sexo, apresenta diferentes resultados, de acordo com as regiões do país. Uma vez que o câncer colorretal é uma doença com alta prevalência e morbimortalidade quando tardiamente diagnosticado, estudos epidemiológicos visando rastrear populações de risco para promover medidas de prevenção primária, além de direcionar ações terapêuticas e preventivas são indispensáveis.
Palavras-chave
Epidemiologia; Neoplasia; Cólon; Reto; Óbitos.
Área
Clínica Médica
Instituições
Centro Universitário Fundacao Assis Gurgacz - Paraná - Brasil
Autores
Ana Julia Silva Rodrigues, Aléxia Degasperin Voigt, Chiara Ferracini Campos, Karla Mulinari Vicini, Luana Turmina, Marithza Mayumi Hata