15° Congresso Brasileiro de Clínica Médica e 5° Congresso Internacional de Medicina de Urgência e Emergência

Dados do Trabalho


Título

Amiloidose Cardíaca com fibrilação atrial de baixa resposta ventricular e implante de marcapasso

Introdução/Fundamentos

Introdução: Amiloidose cardíaca (AL) é uma cardiopatia pouco diagnosticada na prática clínica. Além de rara, seus sintomas são inespecíficos e variados, sendo poucas vezes suspeitada pelos cardiologistas. Em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada e/ou distúrbios do ritmo cardíaco (fibrilação atrial, baixa voltagem do QRS, bloqueios atrioventriculares e taquicardia ventricular), amiloidose deve ser lembrada e investigada. Atualmente técnicas auxiliam no diagnóstico como o ecodopplercardiograma (ECO) com análise do strain miocárdico, a cintilografia miocárdica com pirofosfato e a ressonância magnética, além de testes sanguíneos para avaliação da genotipagem.

Objetivos

Objetivo: Relata-se caso de um idoso com distúrbio de ritmo cardíaca e amiloidose não diagnosticada.

Caso

Relato de caso: Relatamos caso de paciente, sexo masculino, 71 anos, atendido no serviço de emergência por fadiga e tontura seguida de síncope do tipo desliga e liga. Como antecedente pessoal era hipertenso, cardiopata, portador de fibrilação atrial (FA) em uso de anticoagulante oral. Eletrocardiograma (ECG) de 12 derivações que evidenciou fibrilação atrial de baixa reposta ventricular, frequência cardíaca de 36 bpm, e baixa amplitude (<0,5 mV) de QRS em plano frontal. Exames laboratoriais sem alterações significativas. Realizado medidas para estabilização clínica e devido a FA de baixa resposta ventricular com episódios de sincope, a conduta foi a colocação de marcapasso transvenoso. Solicitado ECO para elucidação sobre a cardiopatia referida, que demonstrou fração de ejeção de 56,48 %, diâmetro ventricular direito 49 mm, átrio esquerdo 45 mm, index massa ventrículo esquerdo 132,67, espessura diastólica do septo 11mm, espessura diastólica da parede posterior ventrículo esquerdo 11mm. Como apresentava hipertrofia ventricular e ECG com baixa amplitude de QRS foi solicitado a cintilografia miocárdica com pirofosfato confirmando o diagnóstico de AL cardíaca.

Conclusões/Considerações finais

Conclusão: Este caso ilustra a importância de pensar no diagnóstico de AL, sobretudo em paciente idosos com distúrbios do ritmo, QRS de baixa amplitude e hipertrofia ventricular, pois muitas vezes não investigado, privando o paciente de receber o tratamento específico.

Palavras-chave

amiloidose, distúrbio de ritmo, hipertrofia ventricular

Área

Clínica Médica

Autores

Caroline Roberta Moreno, Murillo de Oliveira Antunes, Tiberio Augusto Costa, Stefany Cesarin Moura